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Mestre Álvaro
Yuri Scardini é autor do livro 'Serra: a história de uma cidade' e escreve sobre política e economia

Pablo Muribeca volta a protagonizar cenas de pirotecnia política e abuso de autoridade

Pablo Muribeca criticou a identificação dos funcionários, alegando que alguns uniformes continham a logomarca da Prefeitura da Serra. Crédito: Divulgação

Neste final de semana, o deputado Pablo Muribeca (Republicanos) retomou sua agenda costumeira: muitas críticas, poucas propostas e quase nenhuma ação concreta. Desta vez, o espetáculo populista teve como alvo caminhões privados de uma empresa prestadora de serviços nos municípios de Fundão e Serra.

No mesmo estilo policialesco e teatral que adota para o que chama de “fiscalização”, Pablo esteve na orla de Praia Grande, em Fundão. No local, encontravam-se caminhões, equipamentos e funcionários da empresa Vitória Luz Construções, responsável pelo contrato nº 231/2023 em Fundão e pelo contrato nº 071/2023 junto à Prefeitura da Serra.

Em mais um episódio de abuso de autoridade, o deputado intimidou funcionários da empresa, criou tumulto na praia – perturbando turistas e frequentadores – e chegou a remover adesivos que cobriam a logomarca da Prefeitura da Serra nos veículos. Enquanto fazia isso, disparava críticas e acusações contra o prefeito Weverson Meireles, alegando, sem qualquer prova concreta, que a gestão estaria “usando a máquina pública em benefício próprio”.

O próprio parlamentar publicou vídeos nas redes sociais, nos quais, além de demonstrar equívocos técnicos sobre o caso, reforçou sua prática recorrente de espalhar desinformação, inflamando seguidores contra o que sustentou ser uma irregularidade. No entanto, até o momento, não apresentou qualquer denúncia formal ou embasamento jurídico que justificasse sua abordagem desordenada.

Todos os caminhões, equipamentos e funcionários pertencem à empresa Vitória Luz, ou seja, não fazem parte das prefeituras da Serra ou de Fundão. Além disso, os contratos firmados não exigem exclusividade de serviço, permitindo que a empresa atue simultaneamente em diferentes municípios. Em outras palavras, as prefeituras pagam apenas pelos serviços efetivamente prestados, conforme a demanda.

Sobre a identificação dos caminhões, a logomarca da Prefeitura da Serra estava coberta. Curiosamente, foi o próprio deputado Pablo Muribeca quem removeu os adesivos, revelando a marca que antes estava ocultada – uma contradição evidente em seu discurso. Até a chegada do parlamentar, os caminhões da empresa estavam descaracterizados, justamente para evitar qualquer conflito.

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Além disso, Muribeca criticou a identificação dos funcionários, alegando que alguns uniformes continham a logomarca da Prefeitura da Serra. Em resposta, a Prefeitura de Fundão informou que notificará a empresa para que a situação seja corrigida – uma medida proporcional e institucionalmente correta, bem diferente do espetáculo teatral promovido pelo deputado, que pode ser interpretado como abuso de autoridade.

Se analisarmos o caso em uma perspectiva mais ampla, Muribeca ignorou que estava dentro de uma região metropolitana, onde é comum que uma mesma empresa preste serviços a diferentes prefeituras, cada uma com seus próprios contratos e regras. No vídeo divulgado pelo parlamentar, é possível ver funcionários da Vitória Luz deixando o local assustados e abandonando a obra que estava em andamento – resultado direto da abordagem truculenta do deputado.

O que se viu foi um deputado agindo com evidente desequilíbrio emocional, aos berros, fazendo acusações sem qualquer prova concreta ou indício real de irregularidades graves. Para isso, a sociedade dispõe de órgãos de controle e fiscalização adequados, aos quais ele poderia recorrer.

Agora, cabe ao deputado apresentar provas ou indícios reais de irregularidades para que sua ação tenha algum significado para a sociedade. Caso contrário, trata-se apenas de mais um teatro político bancado com dinheiro público, cujo único objetivo é gerar caos. Até o momento, o que se constatou foi uma empresa privada executando serviços para uma prefeitura, de acordo com um contrato em conformidade com a lei, utilizando maquinário e trabalhadores que também prestam serviços na Serra por meio de outro contrato igualmente legal.

Enquanto o deputado não toma essa iniciativa, as filmagens por ele próprio publicadas servem como autoprovas contra si, uma vez que mostram um parlamentar intimidando funcionários, vandalizando patrimônio privado e fazendo acusações que, se não comprovadas, podem configurar calúnia e difamação. Além disso, o episódio ocorre em um contexto de fiscalização que apresenta fortes indícios de abuso de autoridade.

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