Por Yuri Scardini
Com a avizinhamento da eleição de outubro, vai se afunilando os acordos partidários. E o que indica é que há sim uma forte possibilidade do deputado federal e ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT) ser vice na chapa do atual governador Paulo Hartung (MDB), mesmo que PH nem ao menos tenha oficializado sua candidatura à reeleição.
Essa é uma decisão definidora na carreira de Vidigal, que no alto dos seus 61 anos, não têm mais espaço para cometer erros. Mas isso não necessariamente signifique que ele não pode ousar, pois eleição é isso, riscos.
O dilema de Vidigal encontra-se na possibilidade de ficar bem próximo da cadeira de governador, sob pena de sepultar sua carreira política em caso de derrota. Vidigal costura com Hartung uma vice-governadoria, e se bem sucedida, em tese seria o 1º na linha de sucessão do governador. Já em caso de derrota, ficaria sem cargo, enfraquecido frente a vários de seus adversários políticos, e poderia ser engolido pelo ostracismo político.
Se declinar, Vidigal caminhará por um trajeto mais tranquilo, deve se reeleger sem problema para deputado federal. E vai mirar a prefeitura da Serra em 2020, posto que já ocupou por 16 anos. Podendo inclusive perder a eleição, fato que já ocorreu por duas vezes consecutivas, e encurtar sua trajetória.
Vidigal trabalha com situações extremas, e não há matemática que posa calcular seu o destino. Vidigal tentou ser governador há 12 anos. Perdeu, e viu lideranças políticas até então menores do que ele tomar projeção. E foi ficando para trás na política capixaba, e para piorar, em seu reduto, a Serra, foi derrubado por Audifax Barcelos (Rede).
Agora Vidigal vê uma possibilidade real de dar uma rasteira no passado e voltar com tudo mirando no Palácio Anchieta e a caneta de R$ 16 bilhões por ano do governador. Se bem sucedido, o vice-governador Sérgio Vidigal abriria espaço para outras lideranças da Serra buscar a prefeitura. Ao que parece o primeiro da lista é Vandinho Leite (PSDB), e nesse cenário estaria bastante estruturado um eixo de oposição ao prefeito Audifax, que a dois anos da eleição municipal ainda não sinalizou o nome de sua sucessão. Parece ser esse o dilema: Tudo, nada, ou mais do mesmo.