Bruno Lyra
Localizado entre os bairros Laranjeiras e Valparaíso, o Parque da Cidade acabou de completar dez anos. Marco da urbanização mais recente da Serra tem como mentor e idealizador o prefeito Audifax Barcelos (Rede), que entregou a obra durante seu primeiro mandato (2005 – 2008) à frente do município.
O Parque é uma das principais marcas de Audifax. No início, tinha mais a cara de um ‘pração’, com muito concreto e pouco verde. Mas ao longo dos anos mudou principalmente, após a chegada do biólogo Nagib Neto para gerir o espaço. Além de enriquecer o local com plantas ornamentais, nativas e exóticas, implantou bromeliário e jardim de restinga.
Os equipamentos de lazer, quadra de esportes, pista de caminhada, brinquedos infantis, máquinas para musculação, dentre outros, tornou o local paulatinamente mais frequentado pelos moradores não só dos bairros do entorno como também de outras partes da cidade e até de fora da Serra.
Público que só fez aumentar com a ocorrência de eventos noturnos, festivais de comida de rua, cerveja, festas infantis e shows musicais. No Parque já se apresentaram grande nomes nacionais da música, como o conjunto 14 Bis e, na semana passada durante a celebração dos 10 anos do local, o músico Jorge Vercillo.
A anunciada expansão do Parque, com a incorporação de terreno às margens da Av. Guarapari em Valparaíso, implantação de ponte sobre o córrego Laranjeiras e de mais um ponto de acesso, será um presente para quem frequenta o local.
Quando foi projetado, o Parque previa uma represa no córrego Laranjeiras. Mas a poluição do mesmo, que recebe esgoto tratado pela Ambiental Serra/Cesan da Estação de Valparaíso, impediu e impede isso até hoje. É um gargalo a se resolver.
Outro é do problema de assaltos, que volta e meia aparece no entorno dos acessos e, eventualmente, até no interior do Parque. Que ainda foi palco de polêmica por conta da liberação da construção de prédio no entorno. Críticos apontaram que a beleza cênica e a qualidade de vida oferecida pelo espaço foram apropriados por meia dúzia em detrimento de toda a população que pagou a obra.
Mesmo assim, tais problemas não apagam o brilho daquele que virou um dos principais – se não o principal – pontos de encontro do maior município capixaba com seu meio milhão de moradores.