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Serra teve pelo menos 11 feminicídios desde 2019

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De 2019 para cá pelo menos 11 feminicídios aconteceram na Serra. A informação é da secretária municipal de Políticas Públicas para a Mulher, Gracimeri Gaviorno.

Segundo Gracimeri o dado reflete o período entre 1º de janeiro de 2019 e 17 de março de 2021 e pode crescer, uma vez que nem sempre o crime de feminicídio consegue ser caracterizado no momento em que ocorre, dependendo de investigação posterior.

Em 2019, por exemplo, 14 mulheres foram assassinadas na Serra. Destes, sete foram feminicídios. Em 2020 também acontecerem 14 homicídios de mulheres na cidade, sendo que dois foram classificados como feminicídios. Em 2021 duas moradoras da Serra perderam a vida em circunstâncias que caracterizam feminicídio.

Gracimeri, que também é delegada da Polícia Civil e já atuou no atendimento à mulheres vítimas de violência, afirma que um dos maiores desafios, tanto de uma potencial vítima quanto de seus amigos e familiares, é perceber quando o comportamento do homem dá sinais de que ele possa vir a ter a atitude extrema de matar a companheira.

“Em 2015 quando fui chefe de Polícia, aconteceu um feminicídio brutal cometido por um jovem PM que matou a namorada de 19 anos. A família não percebeu que aquela jovem estava sofrendo violações. Muitas vezes até há indicativo, mas a família não está preparada para entender. Então entender esses casos nos permite melhorar nossa política de prevenção, informação, educação das famílias para que toda a sociedade se envolva na proteção às mulheres”, sublinha.

Gracimeri revela ainda outra preocupação: a falta de notificações sobre tentativas de feminicídio. “Só para a gente lembrar, a Lei Maria da Penha surgiu por uma condenação internacional do Brasil. Maria da Penha, que está viva, sofreu várias tentativas. Mas só duas foram registradas e na época não era tentativa de feminicídio, era tentativa de homicídio. Ela acabou cadeirante e abalada psicologicamente indicando todas as violações e perdas que teve ao longo da sua vida” lembra.

A secretária citou também o caso da Marciane. Este ocorreu aqui na Serra. “A Marciane também não morreu, mas perdeu uma perna, os dedos, teve seu rosto queimado. E esses casos de feminicídios tentados eles não são estudados, porque não são divulgados. Então a gente fica contando só os números de feminicídios, mas precisamos avançar pra ver esses em que a vítima não morreu, pois as sequelas físicas e psicológicas ficam e muitas vezes são severas”, pontua.

Segundo definição publicada no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para ser caracteriza como feminicídio o autor precisa ter cometido o ato em razão de violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Dessa forma, nem todos os assassinatos de mulheres são considerados feminicídios.

Quarentena preocupa por deixar mulher

ainda mais exposta à violência doméstica

As preocupações de violência contra a mulher ficam ainda maiores com o aumento do isolamento social neste momento de agravamento da pandemia. Isto porque com a mulher, filhos quando têm, e o companheiro mais em casa, aumentam as possibilidades de conflito familiar, segundo Gracimeri. Junta-se a isso a deterioração econômica com o desemprego e a maior tensão social e psicológica que uma pandemia como essa produz, acrescenta a secretária.

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