Os rodoviários capixabas estão decidindo, na manhã desta quinta-feira (27), sobre o retorno dos cobradores aos ônibus do Sistema Transcol. Os trabalhadores estão reunidos numa assembleia extraordinária convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), em Vitória, para avaliar uma proposta judicial acordada entre a categoria e o Governo do Estado.
O Jornal Tempo Novo já havia noticiado, com exclusividade, na última quarta-feira (25), sobre o retorno dos cobradores ao Transcol. Na ocasião, o presidente do sindicato, Marquinhos Jiló, havia adiantado que todos os cobradores que atuam nas empresas do Sistema Transcol serão recolocados nos ônibus. “Vão voltar todos os cobradores que estão no sistema. Vai ter uma assembleia [nesta quinta] para isso”, confirmou.
Informações de bastidores dão conta de que o retorno será determinado pela Justiça, através de um processo de acordo trabalhista que foi movido pelo Sindirodoviários. Este processo está em andamento junto ao Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES).
A proposta apresentada pelo Governo do Estado é de que os cobradores que ainda estão contratados pelas empresas voltem aos chamados ônibus quentes, ou seja, aqueles que não possuem ar-condicionado. No entanto, os funcionários não voltariam as suas funções antigas – cobrando a passagem dos passageiros com pagamento em dinheiro. A ideia seria que os cobradores ajudassem os passageiros a recarregarem os cartões de passagem dentro dos coletivos.
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Ao todo, cerca de 1.200 profissionais voltariam para dentro dos ônibus. Os demais foram demitidos, após assinar acordo com as empresas, ou se profissionalizaram para outras áreas através de oportunidades oferecidas pelo Estado.
O que diz o Estado?
A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) foi acionada pela reportagem para confirmar (ou não) o retorno da categoria. Por meio da nota, informou que está acompanhando o processo que está em andamento entre a categoria e as empresas junto ao TRT-ES, para definição sobre este assunto.
A Semobi reforçou ainda que continua a disposição da categoria para qualquer diálogo sobre o tema. “A proposta para retorno das atividades destes profissionais foi feita no final do ano passado e a Semobi aguarda o desdobramento da ação que corre na justiça do trabalho”, disse a secretaria.
