Ana Paula Bonelli
As obras de restauração das ruínas da igreja de São José do Queimado estão perto de saírem do papel. Na última quinta-feira (20) foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica e Financeira entre o município e o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) para a restauração das ruínas. Esta é mais uma etapa burocrática para a restauração do Queimado que deve custar R$ 1,3 milhão e será bancado pelo Sincades.
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura da Serra as obras de restauração começam em até 60 dias e a previsão é que sejam concluídas em oito meses. A restauração das ruínas abrange o reforço das paredes e a instalação de plataformas na entrada e interior da igreja para permitir a visitação dos serranos. Já o cemitério, que fica nos fundos da ruína da igreja, não está incluído no pacote.
O prefeito da Serra, Audifax Barcelos, considera a restauração de extrema importância para a preservação da história do município, devido à grande representatividade do Queimado. “Palco de uma insurreição de escravos liderada pelos heróis Chico Prego, João da Viúva e Eliziário, em 1849, o local foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1993. Agora, com a restauração das ruínas, queremos transformar Queimado em um museu a céu aberto, onde as pessoas possam conhecer a história de luta do povo serrano”, frisa.
O local já passou por uma prospecção arqueológica, realizada entre abril e maio deste ano. A intenção da Prefeitura é expor no Museu da Serra, localizado na Serra-Sede, os artefatos encontrados. A prospecção foi realizada pela empresa A Lasca Consultoria e Assessoria em Arqueologia e custou R$ 214 mil. O terreno do sítio histórico, que antes era particular, foi doado para a Prefeitura da Serra em 2015.