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Responsabilidades na desgraça

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Bruno Lyra 

É provável que o Espírito Santo esteja vivendo os piores dias de sua história em relação à segurança pública. Possível também que o clima de terror enfrentado pelos capixabas seja inédito até na história do Brasil. Não há registro de que em algum momento outro estado tenha registrado tantos homicídios, assaltos, saques, de forma tão generalizada, da região metropolitana às cidades do interior.

A capilaridade e velocidade das redes sociais – hoje na palma da mão de grande parte da população – ajudaram a disseminar o pânico. Principalmente com a avalanche de boatarias, concorrendo com as notícias reais. Por outro lado, essas redes também auxiliaram as pessoas a cooperar entre si e amenizar as dificuldades. 

Embora fosse difícil – se não impossível – prever que um cenário tão devastador pudesse acontecer, a crise da segurança está longe de ser algo isolado. A despeito da tentativa do Governo do ES de vender a imagem de que é modelo e da presunção de que pilota o estado no rumo certo, a realidade aqui é bem outra.

A crise econômica que atinge o país aqui é muito pior. Seca, paralisação da Samarco, fim do Fundap, perda dos royalties, desinvestimentos da Petrobrás. Uma sequência de desgraças que fez nosso PIB despencar dois dígitos em 2016. Isso num contexto de crise política nacional; poucas vezes na história as instituições políticas e até o judiciário foram tão questionados quanto agora.

Não dá para creditar ao governador Paulo Hartung todos os problemas, mas ele é co-responsável. A nossa fragilíssima (um problema histórico) representação política em Brasília também tem sua conta nessa fatura.

Nesse caso específico da greve da PM, é difícil acreditar que o governo não tenha percebido os sinais de radicalização do movimento dos policiais, que há tempos reivindicam melhorias salariais. Da mesma forma que é difícil acreditar que tal movimento e a crise institucional que ele está gerando seja exclusivamente por questões salariais.              

Polícia Militar e sociedade civil

O clima nas ruas é de terror com a barbárie imperando. Se os capixabas (e grande parte dos brasileiros) nunca puderam usufruir seus direitos constitucionais de forma plena, agora praticamente lhes foi tirado tudo. Ir e vir, acesso à saúde, educação, trabalho, lazer. Tudo porque a segurança foi suprimida pelo motim da Polícia Militar, que recusa a fazer seu papel constitucional e ousa desobedecer os poderes constituídos. Como falou bem o arcebispo do Espírito Santo, Dom Luiz Mancilha, não se pode exigir aumento salarial a qualquer custo. 

Claro que é justo que os policiais da base e que estão no front da luta contra o crime – soldados, cabos e sargentos – mereçam melhores condições. Para as altas patentes isso é muito duvidoso.  A justificativa da PM de que não vão às ruas por estarem impedidos por seus familiares é cena de um teatro burlesco. Por mais erros que o governo Hartung venha cometendo – e não são poucos – na gestão do ES, a opinião pública não aprova o movimento.

O que está acontecendo no Espírito Santo não pode se alastrar pelo resto do país. A imagem da Polícia Militar está cada vez mais arranhada. É uma instituição que deve servir a sociedade e não o contrário.  Outras categorias, quando protestam, são reprimidas com violência pela PM.

Porque essa mesma Polícia não usa dessa força para retirar os gatos pingados que supostamente estão obstruindo os quartéis? É o questionamento que não apenas se ouve em todo o ES, mas que também já levou a população civil (que paga a conta) a tentar retirar tais manifestantes da frente dos quartéis, aumentando o risco de uma carnificina ainda maior.   

É bem provável que essa situação amplie o debate sobre a desmilitarização da polícia.

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