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Política da Serra esquenta na reta final das filiações – já é possível tirar conclusões do ‘perde e ganha’

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Da direita para a esquerda: Vidigal e Weverson (PDT); Audifax pelo PP; Pablo Muribeca, no Republicanos; e Vandinho Leite no PSDB. Crédito: Divulgação

O intenso movimento de pré-candidatos se encerrará no próximo dia 6 de abril, quando termina o prazo para filiações partidárias. Após essa data, quem mudar de partido estará legalmente impedido de concorrer a cargos de vereador ou prefeito em 2024. O cenário parece favorecer o PDT do atual prefeito Sergio Vidigal e o PP do ex-prefeito Audifax Barcelos. No centro das atenções está o Republicanos, do deputado estadual Pablo Muribeca, que luta para se manter firme até o fim do prazo.

Na Serra, a quantidade e qualidade dos candidatos a vereador são aspectos bastante expressivos nas campanhas para prefeito, pois a extensão territorial e demográfica da cidade exige que os candidatos estejam em muitos lugares simultaneamente, tarefa viabilizada apenas pelas redes sociais e pela militância de rua, impulsionada especialmente pelo grupo de candidatos a vereador. Estes, durante suas próprias campanhas, promovem a imagem do candidato a prefeito ao qual estão vinculados.

Por isso, esta semana é particularmente importante na política, pois, após o dia 6, espera-se que o cenário pré-eleitoral fique mais claro. Até agora, o PDT lidera em número de partidos satélites, abrigando muitos dos principais candidatos à Câmara da Serra. Isso é visto como natural, já que é o partido no poder e conta com a experiência de Vidigal e as estratégias lideradas por Weverson Meireles, recentemente promovido a pré-candidato a prefeito com o apoio de Vidigal.

O PDT conta com o apoio de pelo menos mais cinco partidos: União Brasil, Solidariedade, PSB, Podemos e MDB, além de contribuir na formação de outras chapas, como a do Rede Sustentabilidade. Esse conjunto representa mais de 150 candidaturas. O PP de Audifax segue em segundo em número de alianças e candidaturas relacionadas, incluindo o Agir e um terceiro partido em processo de formação pelo ex-prefeito. Com chapas completas, esses três partidos juntos representam cerca de 80 candidaturas que levarão seu nome aos bairros.

Neste período, o pré-candidato que enfrentou as maiores perdas foi Pablo Muribeca. Inicialmente, ele tentou formar alianças com quatro partidos. Com a aproximação do fim do prazo, a expectativa foi reduzida para a formação de duas chapas: uma pelo seu próprio partido, o Republicanos, e outra pelo PSD. Com o assédio a seus então aliados e decisões consideradas precipitadas, como a filiação do ex-presidente Rodrigo Caldeira, que fragmentou o grupo, muitos decidiram deixar Muribeca para se juntar aos partidos ligados a Audifax ou Vidigal.

Informações de bastidores indicam que, durante este último fim de semana, Muribeca organizou uma estratégia política para minimizar os danos, conseguindo reter alguns pré-candidatos que poderiam sair e reconquistando outros, como o vereador Anderson Muniz, que na semana anterior havia se afastado de Muribeca para se juntar a Audifax, mas reverteu a decisão e voltou a apoiar Muribeca, seja no próprio Republicanos ou no PSD. Aparentemente, Muribeca conseguiu manter-se firme, preservando pré-candidatos como Pastor Ricardo e C&A, como é popularmente conhecido Antonio Carlos Aprigio, que tem sua base em Jacaraípe, entre outros como o Agente da Guarda Municipal, Luiz Cláudio Gomes Dias Júnior, conhecido como Agente Dias. Porém, isso acarreta um alto custo político; ainda é incerto se ele conseguirá formar o PSD ou se as chapas serão unificadas no Republicanos. As informações indicam que o próprio Caldeira participou ativamente das articulações, provavelmente tentando evitar uma debandada da chapa. Pablo ainda tem mais cinco dias nesse trabalho exaustivo de proteção das chapas, que pode parecer uma eternidade devido às intensas conversas que ocorrem simultaneamente.

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As outras três candidaturas majoritárias estão focadas em seus respectivos partidos. O PT luta para montar sua própria chapa, evitando repetir o cenário de 2020, quando não obteve representação na Câmara da Serra. A vereadora Elcimara [que se filiou depois] e o presidente municipal do partido, Miguel Jr., têm sido figuras-chave, embora o pré-candidato a prefeito seja o ex-deputado Roberto Carlos.

Do lado bolsonarista, o PL já tem sua chapa formada, com novos nomes e alguns já conhecidos, estimando-se que faça dois vereadores. A novidade é que o atual vereador Igor Elson deixou a chapa para ser lançado pré-candidato a prefeito com o apoio direto de Magno Malta e do próprio ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, com quem se encontrou pessoalmente há três semanas. O PL também está próximo do partido Novo, embora não tenha grande influência na montagem da chapa de vereadores. Ainda há dúvidas sobre a viabilidade das campanhas majoritárias do PT e do PL, sendo o nível de nacionalização da eleição local e a capacidade de transferência de votos lulistas e bolsonaristas considerados fatores determinantes.

Em voo solo está Mauro Luiz, do PMB, que provavelmente não terá chapa completa, mas promete concorrer a prefeito.

Desvinculado desse cenário e liderando sua própria chapa, o PSDB de Vandinho Leite apresenta uma chapa completa, considerada bastante competitiva, contando com o vereador Gilmar Datado, conhecido como Raposão, muito ativo na região de Jardim Tropical e Grande Anchieta, e visto como um puxador de votos. Isso abre espaço para que os demais candidatos possam, hipoteticamente, conquistar uma segunda ou até terceira vaga através da divisão de sobras no coeficiente eleitoral. O PSDB pode optar por lançar sua própria candidatura a prefeito ou apoiar outro candidato, tendência que parece mais provável, embora a decisão de quem apoiar permaneça bastante incerta.

Esse posicionamento de neutralidade afasta Vandinho do foco do assédio externo a seus pré-candidatos, pois nenhum prefeitável sensato desejaria entrar em conflito com o tucano devido à montagem de chapa, com o risco de provocar uma ruptura nas relações e receber um veto do PSDB na fase de composição partidária em agosto – ainda que haja informações de ruídos, mas aparentemente, nada que o pragmatismo político na resolva conforme o desenrolar dos fatos.

Política só se torna uma ciência exata após a abertura das urnas. Portanto, não é apenas o número de partidos e a quantidade de candidatos a vereador que irá determinar o vencedor a prefeito, mas este é um fator que, aliado a outros, faz diferença. Especialmente se essa quantidade vier acompanhada da qualidade das candidaturas, que possuem uma maior capacidade de transferência de votos para os prefeitáveis. Muitas vezes, avaliar essa qualidade é um tiro no escuro, já que a eleição para vereador é geralmente a mais incerta, contando com mais candidatos por vaga do que alguns dos cursos mais concorridos nas principais universidades do país.

Mas, de qualquer forma, já é possível tirar algumas conclusões, como o ressurgimento de Audifax no cenário político, especialmente após o anúncio de Vidigal de não disputar a reeleição. Além disso, a entrada de Weverson como o principal articulador partidário do PDT, ao lado do próprio Vidigal, transformou esse processo em uma etapa importante para consolidar seu nome como sucessor. Muribeca parece ser, de fato, o principal alvo da pré-eleição, enquanto PT e PL parecem realmente depender exclusivamente do debate nacional como forma de ganhar impulso ou ficar para trás. Por fim, Vandinho atua como um estratégico observador, fazendo o dever de casa e valorizando seu passe para as próximas etapas do processo.

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