
Ao menos dois moradores da Serra estão entre os golpistas presos por conta da invasão terrorista às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 de janeiro. São eles: o empresário Marcos Soares Moreira, de 39 anos, e o pedreiro Charles Rodrigues dos Santos, de 41 anos.
Os nomes dos envolvidos estão em lista divulgada Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal. Os dois homens acusados de atos terroristas estão presos no Centro de Detenção Provisória II do Complexo da Papuda, no Distrito Federal, junto com os outros 1.398 detidos.
De acordo com informações apuradas pelo portal de notícias A Gazeta, o empresário Marcos Moreira, que também já fez trabalhos como modelo e é conhecido por atuar numa empresa de fabricação própria de cortinas, divulgou diversos vídeos em suas redes sociais sobre a sua participação nos atos em Brasília, a começar por uma gravação dentro do ônibus saindo do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha, no último dia 7, onde estava montado um acampamento golpista de bolsonaristas.
Moreira também gravou diversos vídeos no acampamento montado próximo ao Quartel General do Exército em Brasília. Ele chegou a fazer uma transmissão ao vivo pelo Facebook dentro do acampamento, quando havia retornado do quebra-quebra na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.
No vídeo, o empresário menciona o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter decretado intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal. Enquanto mostra o acampamento, ele ainda afirma a pessoas que estão circulando pelo local que não houve ordem para desmontar e que “vai haver resistência”.
A última publicação dele é de terça-feira (10), às 10h50, em que ele mostra várias pessoas circulando em uma área aberta com barracas montadas, possivelmente dentro da área da Polícia Federal, para onde todos os que estavam no acampamento golpista foram levados.
Em seu perfil, ele brada: “Que seja criminalizado o comunismo e viva a direita eternamente”. Em suas falas, ele defende que haja uma tomada de poder e sai em defesa da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Já o pedreiro Charles Rodrigues dos Santos já foi alvo de duas ações por violência doméstica contra uma ex-companheira e, de acordo com apuração feita pelo g1 ES, tem medida protetiva em vigor expedida por decisão da Justiça estadual.
O Jornal TEMPO NOVO tentou contato com a defesa dos dois acusados, mas não conseguiu retorno. De acordo com informações, os dois moradores da Serra estariam sem nenhuma comunicação no presídio do Distrito Federal.