Liberdade em quatro dias

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O carro naval percorria as ruas levando um monte de gente que se desprovia do senso comum e, coloridos e espalhafatosos, seguia em cantoria e festa. Com imprecisões de épocas e lugares, o carnaval é a maior festa popular do planeta.

No período da Idade Média a grande festa ganhou adornos, personagens e alegorias. Assim foi que Momo, Arlequim, Colombina e Pierrot atravessaram a civilização e desafiaram fronteiras geográficas, ideológicas, religiosas, étnicas e sociais.

Os festejos que antecedem a quaresma, no calendário da era cristã, são plenos de sentimentos espontâneos, subvertidos de regras sociais elegendo a alegria e o prazer.

No Brasil o carnaval é uma instituição nacional. Com diferentes formas de expressão, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife, dentre outras capitais, atraem turistas de todas as partes do mundo, que se encantam com as cores, sons, ritmos e formatos dos blocos e conjuntos carnavalescos.

Na Grande Vitória, a inovação foi antecipar numa semana, os desfiles das escolas de samba, evitando concorrer com os eventos das cidades maiores. Ganhou impulso e importância atraindo atenção das grandes mídias.

A Serra participa inaugurando a folia com o “banho­de­mar­a­fantasia” em Manguinho, no sábado de carnaval; e Vila Velha encerra com a “quarta­da­porca” na Barra do Jucu.

O ideal libertário dura quatro dias até a última banda passar, e tudo voltar ao seu lugar.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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