Enquanto o nome do próximo presidente dos Estados Unidos não é oficialmente anunciado, americanos seguem polarizados sobre quem deve ser o próximo governante do país. Conforme a apuração avança, a divisão e a animosidade entre eleitores de ambos os candidatos seguem no mesmo ritmo. O fato é que o novo presidente deve ser anunciado até sexta-feira (6) e, enquanto isso, o clima é de tensão.
O TEMPO NOVO está aqui, nos Estados Unidos, acompanhando de perto a movimentação e os bastidores da corrida à Casa Branca. Estivemos em Nevada, na Califórnia e atualmente estamos na Flórida: o sentimento é o mesmo. Ouvindo eleitores de ambos os candidatos, a sensação que se tem é de que eles acreditam piamente na vitória dos mesmos.
Nos últimos dias, chama a atenção a estratégia da equipe de Trump de protelar a contagem de votos, o que tem gerado muita agonia. O atual presidente usa sua conta no Twitter para alfinetar e ameaçar opositores. Há menos de 30 minutos ele ordenou: “parem a contagem”.
O temor do presidente é que seja concluída a contagem de votos em mais um estado, o que pode resultar na eleição do seu concorrente. Biden está a pouquíssimos votos de se tornar o 46º presidente; mas o jogo pode virar.
Aqui podemos observar que o republicano Donald Trump aposta na divisão do país. Durante as entrevistas diárias, quando contrariado, levanta o topete, sai e deixa jornalistas falando sozinhos. Já o democrata Joe Biden garante que será o presidente “para todos os americanos” e tem um discurso conciliador. Mas a mansidão do candidato gera críticas de pessoas que o consideram fraco, principalmente os mais velhos. Mais do que um candidato democrata, Biden é visto como o anti-Trump. Esse racha justifica o comparecimento em massa dos eleitores nas urnas nos últimos dias permitidos para a votação via correios. Em 2020, os registros de voto popular foram recordes.
Segundo um morador da Flórida, de 58 anos, grande parte do eleitor de Trump é branco, cristão, sem educação universitária e que vive em áreas rurais. “Eles veem Trump como um outsider político e se veem como outsiders. O irônico é que, se Trump nunca entrou na política, ele nunca se associaria a essas pessoas. Já o apoiador médio de Biden é mais de classe média, tem ensino superior e mora nos subúrbios ou nas grandes cidades”.
Sobre a polarização entre as torcidas de ambos os postulantes ao cargo de presidente, o historiador diz que “desde que está no cargo Trump polarizou o país. Ele é o primeiro presidente que ao invés de unir a população tentou dividi-la com suas políticas, com seus pensamentos raciais e com seus pensamentos sobre os imigrantes”, analisou.
Esta quinta-feira amanheceu com a população atenta aos números divulgados e que podem por fim à longa espera. A contagem de votos em Nevada e Georgia são o assunto do momento por aqui. Caso seja concluída nesta quinta-feira a soma nestes estados, ou em um deles, teremos enfim o nome do próximo presidente americano.