A esposa do traficante Alisson Lemos Rocha, conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”, foi presa na quinta-feira (30) em Barro Branco, na Serra, após ser flagrada retirando armas e drogas da casa onde morava. Gordinho foi morto na megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro realizada no Complexo do Alemão e na Complexo da Penha, no último dia 28.
De acordo com as investigações da Polícia Civil (PCES), após saber da morte do marido, Karine Gabrielly De Bem Moreira, de 18 anos, teria tentado retirar armas e drogas que estavam escondidas no imóvel onde o casal vivia. Segundo o delegado adjunto do Denarc, Felipe Pimentel, a jovem já acumulava três passagens por tráfico de drogas antes mesmo de ser maior de idade. As relações criminosas dela com Alisson ainda estão sendo investigadas.
A prisão ocorreu após denúncias anônimas indicarem movimentação suspeita na residência. Durante a ação, os policiais encontraram uma barra de maconha e diversos “catuques” — bilhetes usados por detentos para se comunicar com pessoas fora dos presídios.
O material foi apreendido e encaminhado para a Delegacia Regional da Serra, onde o caso segue sob investigação. A jovem foi autuada por tráfico de drogas e permanece à disposição da Justiça.
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O delegado adjunto da DHPP da Serra, Pedro Henrique, explica que Alisson continuava comandando o tráfico de drogas em Barro Branco, mesmo à distância. Segundo o delegado, ele já estava no radar da polícia e estava escondido no Rio de Janeiro desde abril desse ano.
Quem era Gordinho?
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o capixaba morto é Alisson Lemos Rocha, conhecido como Russo ou Gordinho do Valão.
Ele era morador de Nova Carapina, estava foragido no Rio e era procurado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, conforme apurado pelo Portal Tempo Novo. Alisson já havia pertencido ao Primeiro Comando de Vitória (PCV), mas não fazia parte da cúpula do grupo.
A ofensiva policial – parte da Operação Contenção, que visa conter a expansão do CV em diferentes regiões do estado – resultou até o fim da manhã em 20 mortes e 81 prisões, segundo balanço parcial do governo fluminense. Entre as vítimas fatais estão dois policiais civis e 18 suspeitos.
Os agentes apreenderam 31 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Durante a ação, traficantes reagiram com tiros e incendiaram barricadas, provocando pânico em várias comunidades. Cenas de intenso tiroteio, com cerca de 200 disparos em apenas um minuto, foram registradas por moradores.
