Há quem diga que as crianças conseguem enxergar o mundo da maneira mais pura e genuína. E fazendo jus a esse pensamento, na Serra, o pequeno João Emanuel, de 4 anos, decidiu enxergar além do preconceito e discriminação e comemorou seu aniversário homenageando seus amigos diários: os coletores de lixo. Apaixonado pelo caminhão de lixo que passa em frente a sua casa em Cidade Pomar, o garoto cativou os trabalhadores com a alegria cotidiana em ver o caminhão de lixo passando, que inclusive participaram da festa temática da profissão.
A paixão de João pelos coletores e caminhão de lixo, apesar da pouca idade do menino, é antiga e começou quando seu irmão mostrava vídeos de caminhão de lixo e a partir de então o amor surgiu. Pelas manhãs em Cidade Pomar o garoto espera ansiosamente a chegada do caminhão com os coletores de lixo, que hoje são amigos de João e fazem questão de buzinar quando estão perto da casa do garoto para avisar que estão chegando.
“João é a alegria dos meninos da coleta. Eles passam pela nossa residência buzinando para ele e no dia que João está dormindo ele já corre para o portão quando acorda com o barulho do caminhão. Eu fico orgulhosa de ver meu filho enxergando além dessa discriminação que muitas pessoas tem sobre a profissão dos coletores de lixo”, disse Daniela Esperidião Santos, mãe de João.
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Tamanha paixão e gosto pelos coletores de lixo se transformou em um desejo: uma festa temática com o caminhão de lixo e com a presença dos amigos coletores. Segundo a mãe, desde os 3 anos o garoto comentava sobre o pedido, mas foi em fevereiro deste ano, com a ajuda de vizinhos e amigos que foi possível concretizar o evento.
“João sempre pedia a festa mas nunca consegui encontrar nada do tema, depois de muitas pesquisas na internet achamos algumas ideias e com a ajuda alguns vizinhos, do secretário Stefano Andrade e do William Alcântara, da Corpus Saneamento responsável pela limpeza pública, tudo saiu como o João queria. Os amigos coletores ficaram muito felizes em participar da festa e me disseram que são muito discriminados por adultos e somente a criançada tem esse carinho com eles”, relatou a mãe.