Prossegue até o dia 02 de novembro a consulta pública sobre a extinção da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para obtenção de carteira de motorista. O estudo é realizado pelo Governo federal e deve ser o pano de fundo para a discussão sobre o fim dos cursos de formação de condutores, obrigatórios para quem deseja tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
No Espírito Santo, um levantamento organizado pelo Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do ES (Sindauto-ES) apontou que a extinção das autoescolas pode trazer consequências de segurança, saúde pública e perdas econômicas. Os impactos se dariam na saúde, arrecadação de impostos, aumento de acidentes, desemprego e perda de renda. Participaram do estudo economistas, psicólogos e gestores públicos.
Segundo informações divulgadas pelo Sindauto, o fim das aulas obrigatórias para motoristas pode elevar mortes e custos no SUS em até R$ 16 milhões. Isso porque a desobrigação das aulas nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) teria como consequência o aumento significativo no número de acidentes, mortes e internações hospitalares no Estado. Apenas em 2024, o Espírito Santo registrou 985 mortes no trânsito, o maior número da série histórica recente, e 7,4 mil internações por acidentes de transporte, gerando custo direto de R$ 107 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O estudo aponta que, sem a formação obrigatória, o número de sinistros pode crescer entre 8% e 15%, elevando as mortes para mais de 1.100 por ano e os gastos hospitalares para até R$ 123 milhões anuais. O levantamento mostra que 60% das vítimas de trânsito no Espírito Santo são motociclistas jovens. Lembrando que o Estado tem uma das maiores taxas de motorização do país, com uma motocicleta para cada quatro habitantes.
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Curso de formação:
O custo médio de formação de um condutor é de R$ 680, segundo dados do Sindicato. O estudo destaca ainda que a extinção das aulas obrigatórias não resultaria em desburocratização, mas defende o uso de tecnologias avançadas para o processo educacional dos novos motoristas.
Confira o link para participar da pesquisa:
https://www.gov.br/participamaisbrasil/consultas-publicas
O deputado federal capixaba Da Vitória (PP) conversou com a reportagem sobre o assunto: “Penso que o Governo precisa pensar numa transição”, destacou.
Números do estudo:
- 985 mortes no trânsito capixaba em 2024 — maior número desde 2017
- 7,4 mil internações hospitalares e R$ 107 milhões em custos ao SUS
- 60% das vítimas são motociclistas jovens
- Extinção das aulas pode gerar até 150 novas mortes e 1.000 internações/ano
- Impacto financeiro adicional: R$ 16 milhões ao SUS
- Custo médio de formação: R$ 680 por condutor
