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Com a Sudene, vai chover dinheiro em Aracruz | Serra ganha aliada ou concorrente?

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Serra x Aracruz: aliadas ou concorrentes no desenvolvimento econômico? Foto: Divulgação

Aracruz está em festa diante do cenário propício a geração de mais emprego, renda e um salto no desenvolvimento econômico da cidade. Isso porque, com a derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei Complementar Nº 148/2017 no Senado Federal, no último dia 27, o município passou a fazer parte das áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Além de Aracruz, também foram incluídas as cidades de Itarana e Itaguaçu.

Na prática, a Sudene é um prato cheio para qualquer investidor, pois a partir de agora, as empresas que se instalarem no município tem direito a incentivos fiscais, que variam entre 30% e 75% sobre o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), além de descontos no PIS/PASEP e Cofins para aquisição de novas máquinas.

Com a expansão de atuação, é esperado que o município atraia mais empresas e investimentos, promovendo a melhoria na geração de emprego/renda e a retomada da economia. A Prefeitura de Aracruz já prevê grandes empreendimentos que, junto dos que já estão consolidados e que estão por vir, a partir de agora, “fará do município uma potência econômica” – nas palavras da própria Prefeitura.

Mas e a Serra com isso? Bom… a Serra é a locomotiva econômica do ES; a cidade que puxa pelo chifre a criação de empregos no ES; e que tem a ArcelorMittal e a Vale como âncoras. A Serra é uma cidade voltada para a indústria e o setor de logística. São 14 polos industriais que abrigam gigantes de vários setores. Por isso, com a Sudene chegando em Aracruz, a cidade passa a ser concorrente da Serra? Ou pode ser uma aliada no desenvolvimento econômico?

É preciso primeiro ressaltar que Aracruz tem uma vasta área de expansão urbana e industrial, pois é grande e pouco adensada. Muitas áreas pertencem à atividade de celulose com plantio de eucalipto, que é o principal setor com Suzano (antiga Fibria/Aracruz Celulose). Mesmo assim, a quantidade de terrenos voltados à expansão territorial é muito expressiva.

Aracruz tem um foco grande no setor portuário, principalmente com as obras do Porto da Imetame e o futuro Porto de Barra do Riacho, além do desenvolvimento dos empreendimentos já instalados, como o Estaleiro Jurong, Portocel, Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR) e Terminal de Barcaças da Suzano. Por isso, esse clima de euforia com a Sudene é justificável. Aracruz tem tudo para se consolidar como o maior polo portuário do ES.

Já a Serra, oficialmente, não tem porto; uma vez que Praia Mole, apesar de estar territorialmente na Serra, pertence a Vitória – inclusive paga seus tributos a capital ao invés de pagar a Serra. Mas esse é outro assunto.

Além disso, a Serra e Aracruz não são limítrofes territoriais, pois entre elas está a cidade de Fundão. Pela BR-101, Aracruz tem mais proximidade com Linhares, que é outra potência produtiva capixaba. Pela 101, passamos por Fundão, Ibiraçu e João Neiva até chegar a Aracruz. Em seguida, uma rota possível é a ES-445 para adentrar no coração produtivo da cidade. Antes disso, também é possível pegar a ES- 257 por Ibiraçu para se chegar a Aracruz. Pela praia, temos a ES-010, que é uma rota mais rápida, porém é uma rodovia bem limitada em termos de infraestrutura.

Se não temos porto, não estamos na Sudene, e Aracruz é territorialmente mais próxima do eixo industrial norte e tem terreno de sobra, logo está claro que a cidade pode sim competir com a Serra e eventualmente puxar empreendimentos que teriam tudo para desembarcar por aqui.

Entretanto, a Serra também vive seu ciclo de desenvolvimento próprio que pode aproximar as duas cidade e aumentar o intercâmbio econômico. Mas para isso, temos que fazer o dever de casa.

Começando pela Eco-101, que está atrasada no calendário de duplicação ao norte da Serra. A concessionária precisa fazer aquilo pela qual foi contratada para fazer. Duplicando a 101, se desenha um corredor logístico poderoso entre Serra e Aracruz. Mão de obra qualificada é mais farta na Serra, está próxima a capital, dos centros de poder, dos órgãos de Estado e do aeroporto, por exemplo. Produzir na Serra para exportar em Aracruz é ainda mais viável com uma 101 duplicada.

O município ainda pode avançar na frente norte, com a obra do Contorno de Jacaraípe, que precisa ser concluída dentro do prazo. O Contorno vai tirar o tráfego de caminhões pesados de dentro da Abido Saad, e fazer um canal rodoviário mais curto e estruturado rumo a Aracruz. Além disso, as grandes áreas para desenvolver um novo ciclo de expansão territorial, estão exatamente no norte. As vastas áreas de eucaliptal da Suzano que cobrem boa parte de oeste da região da Grande Jacaraípe precisam dar lugar ao desenvolvimento sustentável. Essa monocultura é sinônimo de pobreza para uma cidade diversa e dinâmica como a Serra.

Ao norte também temos a obra do Contorno do Mestre Álvaro que será a nova BR-101; para isso o Governo Federal precisa manter o ritmo de construção, que está previsto para acabar em 2022 e que vai inaugurar um novo eixo industrial que pode se somar a Aracruz.

Outro item importante, e que houve avanços expressivos recentes, é continuar investindo em segurança hídrica. Linhares tem grandes lagoas e o Rio Doce, que é colossal; e fornece água inclusive para a Suzano. A Serra tem rios bem menores, por isso, continuar diminuindo a pressão do Complexo de Tubarão sobre as águas da Serra é importante para a manutenção da segurança hídrica do restante do setor produtivo.

Fazendo o dever de casa, tendo água, mão de obra qualificada, desburocratizando a gestão pública, investindo na infraestrutura viária e no setor de logística, aliada a proximidade com Vitória, a Serra pode aumentar o intercâmbio com Aracruz para que se desenvolvam de mãos dadas. Não fazendo, Aracruz passa a ser uma ameaça à locomotiva econômica do ES.

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