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Casagrande diz que traição foi o maior motivo de sua derrota

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Por Conceição Nascimento

Em entrevista ao jornal Tempo Novo, o governador Renato Casagrande falousobre os erros cometidos durante o processo eleitoral, que levaram à vitória do seu adversário, Paulo Hartung (PMDB). Conversou ainda sobre seu futuro e os rumos do seu partido, o PSB.

Casagrande durante inauguração de uma obra no município de Alfredo Chaves onde concedeu a entrevista ao Tempo Novo. Foto: Conceição Nascimento
Casagrande durante inauguração de uma obra no município de Alfredo Chaves onde concedeu a entrevista ao Tempo Novo. Foto: Conceição Nascimento

O seu governo foi e ainda é bem avaliado pelos capixabas. Por que a avaliação positiva não se configurou na vitória nas urnas?

A estratégia do adversário foi melhor. Ele (Paulo Hartung-PMDB) criou expectativas de estarmos juntos até junho desse ano, e mais uma vez usou a prática da traição.  O tempo de enfrentamento foi curto, e não deu para marcar a diferença que tinha de marcar. Então a estratégia dele foi exitosa porque ele não tem limites para suas práticas políticas. Eu tinha o compromisso de fazer um governo compartilhado e evitei qualquer confronto, com qualquer comparação de governo, de gestão, de perfil e passei a fazer isso quando ele começou a atacar o meu governo.

E quando começaram os ataques?

Foram três meses de campanha quando a informação passou a ter mais nitidez. Eu ganhei a campanha na Grande Vitória, mas no interior o debate político não chegou como deveria chegar. Se eu pudesse avaliar onde teve um erro, o erro original foi em 2010, quando eu aceitei uma composição. Isso porque, sem o apoio do então governador (Hartung) e de outras forças políticas eu poderia ter chance de conquistar o governo com mais autonomia. A partir de 2011 não teve erro, porque prometi um governo compartilhado e fiz um governo compartilhado.  Mas a conduta do futuro governador não estabelece limites em termo de comportamento. Em junho ele provocou a traição que levou a esse embate político.

Algumas lideranças ligadas ao PSB e ao senhor fizeram jogo duplo nesta eleição, como o avalia isso?

Se houve jogo duplo, não foi jogo duplo, foi jogo contra.

Recentemente, o deputado Vandinho Leite (PSB) fez críticas ao partido, avaliando que o senhor não foi eleito por falhas na direção da legenda. Já o deputado federal Paulo Foletto (PSB) disse que a Serra vai cansar da dobradinha Audifax (PSB) x Vidigal (PDT)…

Olha a gente junta o que é possível juntar. Eu sou dirigente partidário nacional estadual, vou trabalhar para que o partido possa se fortalecer com novas lideranças, lideranças jovens, e vou trabalhar para preservar todas as outras lideranças. Vou trabalhar para preservar Vandinho Leite, mesmo ele criticando o Governo, ele sabe que é bem prestigiado no Governo. Foi secretário de uma pasta que recebeu os maiores investimentos da história desse Estado, na área do esporte. Vou trabalhar para protegê-lo, para fortalecê-lo. O Paulo Foletto tem um papel muito importante como deputado federal eleito, de ajudar no fortalecimento partidário nacional e aqui no Estado. Quando você encerra um governo com tantos resultados, esse governo tem de ser preservado, defendido. Todos nós temos uma tarefa de defender o legado de quatro anos de governo e todos nós temos de ter humildade para ajudar a saber onde estão o erros e ajudar a reorganizar.

Como avalia as críticas do governador eleito, Paulo Hartung, sobre seu governo?

É uma estratégia de desconstrução, não vão conseguir. Eu tenho da sociedade capixaba uma credibilidade, uma confiança muito grande junto à população. Mas essa é uma estratégia, pois eles criaram muitas expectativas na população. Meu governo produz muito, nosso governo produziu em quatro anos mais que os oito anos de governo deles. Ele precisa reduzir essa expectativa que eles criaram. Vão ter o meu governo como parâmetro, o governo que eu liderei. E eles vão ter de se desdobrar muito, mas muito, para poder superar essa expectativa. É uma estratégia de baixa qualidade e de tentar diminuir o valor de um para que o outro tenha valor, mas a população capixaba sabe que essa estratégia é usada.

Como garantir a aprovação das suas contas na Assembleia Legislativa?
Minha estratégia é pedir aos deputados justiça, clamar por justiça. Nunca na história desse Estado as contas de um governadorforam rejeitadas com um parecer positivo do Tribunal de Contas. Então o que a Comissão de Finanças fez, pela maioria de seus membros, foi a violência e a injustiça sem precedentes. Não há necessidade de a política ter essa prática, essa conduta. Eu tenho plena convicção que a maioria dos deputados da assembleia vai votar junto com o parecer do Tribunal de Contas. Essa prática do governador eleito de ser vingativo, perseguidor já é conhecida pelos capixabas, mas agora ele está passando dos limites.

E outros projetos que estavam tramitando na Casa, e de certa forma foram engessados?

Não tem nenhum projeto na Ales que tenha interesse de um grupo, e sim da coletividade. O Orçamento Estadual 2015 que está lá é da coletividade, política de gratuidade para transporte intermunicipal, gratuidade para idosos e deficientes. Projeto que traz mudanças para a Suppin; a Serra já poderia estar recebendo diversas outras empresas se a Assembleia Legislativa tivesse aprovado. Esse cuidado exagerado para que as matérias não sejam votadas agora é um prejuízo para população capixaba, porque são projetos bons para sociedade capixaba.

Qual será seu papel na fundação Mangabeira?

A fundação tem como objetivo a formação política e a formulação de políticas públicas. E meu papel vai ser jogar luz sobre o que Eduardo Campos, Marina Silva e Beto Albuquerque defenderam durante a campanha para Presidência da República e projetar e consolidar nossas bandeiras e posições. Também vamos investir na formação de quadros do partido.

Qual futuro do PSB no Espírito Santo? Pode vir a assumir o comando da legenda , como defendem alguns militantes?

Não há necessidade de eu assumir o comando do partido. Eu tenho muitas tarefas no Brasil como presidente da Fundação João Mangabeira, secretário geral do partido. Nós vamos fortalecer a direção estadual do partido. Temos de fortalecer as direções municipais do partido, pois é no município que a gente faz a política de verdade. O PSB deve fazer planejamentos, no início de 2015, se pretende ser um partido ativo na sociedade, um partido que não fica esperando.

Qual sua expectativa para os próximos dois anos de governo Audifax, que poderá enfrentar um embate em 2016 contra o ex-prefeito Sérgio Vidigal.

Minha expectativa é boa. Nesses dois anos iniciais fez coisas boas, foi um parceiro, assim como Vidigal. Mas eu tenho certeza que ele organizou a máquina da Serra, que vai por contra própria, e vai conseguir mais dois anos de realizações na Serra.

Após o resultado das urnas quem o senhor destaca como principais lideranças do PSB no Estado.

Nós temos o Bruno Lamas, que pode dar uma contribuição forte para o partido no Estado todo. É vereador do partido, vai ser deputado. Está há muito tempo no partido e pode contribuir. Paulo Foletto é uma grande liderança, Vandinho teve uma excelente votação, é uma liderança importante no partido. Se quiser militar e organizar cenários dentro do partido, ele terá espaço para isso e temos o prefeito Audifax, que é prefeito da cidade mais importante do Estado.

Qual tamanho do PSB hoje no Estado?

O tamanho do PSB é do sonho que o PSB tiver, com planejamento. O PSB não tem limites, um partido que tem história, uma cultura, que tem uma tradição. Partido se faz com militância.
Qual destino do Governador Casagrande em 2016.


Está longe ainda 2016. Vou ajudar amigos, aliados no processo eleitoral em 2016, mas até lá ajudar a debater as políticas no Estado.

 

 

 

 

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