O câncer de próstata é o segundo que mais atinge os homens, atrás apenas do câncer de pele (não-melanoma), segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o órgão, a estimativa da doença subiu de 61.200 novos casos em 2016, para 68.220 em 2018.
De acordo com a oncologista da Unimed Vitória, Caroline Tres, o diagnóstico precoce é a melhor forma de garantir bons resultados no tratamento. A chance de cura chega a 90%. O câncer de próstata é silencioso e mais comum entre homens acima de 65 anos.
“Nas fases iniciais, a doença não apresenta sintomas e, por isso, muitos homens demoram a buscar ajuda. A maior parte desses tumores leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³. Por esse motivo, muitos homens desconhecem que têm o problema”, afirma o urologista do Hospital Metropolitano, Carlos Chagas.
Segundo o urologista, por apresentar crescimento lento e “silencioso”, é recomendado iniciar os exames que ajudam a identificar o câncer na próstata a partir dos 50 anos de idade, aumentando, assim, a possibilidade de detecção precoce, tratamento efetivo e cura.
“A partir dos 50 anos, a consulta periódica ao urologista deve fazer parte da rotina do paciente, tendo em vista que este é um tipo de câncer que costuma ter manifestações clínicas em uma fase avançada, o que aumenta a taxa de mortalidade”, explica Chagas.
A oncologista Caroline Tres ressalta que é muito importante, ficar atento a alguns sinais. “Entre os sintomas do câncer de próstata, podem estar alterações na urina e dificuldades de manter a ereção”, pontua.
Para conscientizar sobre a importância da prevenção, foi lançada a campanha Novembro Azul, em 2011, pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, que desde 2008 promove iniciativas relacionadas a cuidados com a saúde.
A oncologista destaca que, entre as medidas preventivas, além dos exames periódicos, estão preservar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o cigarro.
O tratamento do câncer de próstata é realizado de acordo com o estágio da doença, sendo por cirurgia (o mais utilizado, em que normalmente se retira toda a próstata); radioterapia (usada nos casos em que a cirurgia é contraindicada); e o hormonal (usado para controlar a produção de hormônios que promovem o desenvolvimento da doença).