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Amaro Neto não acredita em ruptura no país e defende união entre Poderes para vencer vírus

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Deputado diz que principal erro do Governo Federal foram as trocas no comando do Ministério da Saúde. Foto: divulgação/Câmara dos Deputados

Em tom moderado, o deputado federal Amaro Neto (Republicanos) faz uma análise das ações do Governo Bolsonaro. Nesta entrevista, mais focada na agenda nacional, o parlamentar – que recentemente transferiu seu domicílio eleitoral para a Serra, cita as ações positivas do Governo; entretanto lista como principal erro as sucessivas trocas de ministros da Saúde, que segundo ele causaram um “desequilíbrio” nas ações que vinham sendo tomadas.

Ele defende o isolamento social, afirmando que é um “sacrifício”, porém “necessário”; evita as polêmicas em torno da cloroquina e diz que o Brasil já é epicentro da doença no mundo. Além disso, Amaro fala sobre governabilidade de Bolsonaro e não acredita em ruptura institucional no país.

Já aqui no ES, o deputado cobra do governador Renato Casagrande (PSB) a construção de hospitais de campanha e tece elogios sobre a gestão do prefeito Audifax Barcelos (Rede) na Serra. Sobre política, perguntado se será candidato a prefeito no município, Amaro escorrega, mas não nega e nem confirma.

1 – Como avalia a condução das ações por parte do Governo Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus?

O Governo Federal buscou agir no início da pandemia, por meio da equipe técnica do Ministério da Saúde. As ações de informação, monitoramento, aquisição de equipamentos e liberação de recursos da saúde para estados e municípios foram fundamentais para que pudessem se organizar e planejar o trabalho de várias áreas no enfrentamento ao avanço do coronavírus. Outras pastas, como Ministério da Economia, da Cidadania, dos Transportes, da Agricultura, entre outros, atuaram conjuntamente para criar respostas nas áreas de abastecimento, logística, mercado de trabalho, setor produtivo, assistência aos brasileiros em condições de risco social.

“Vejo a troca de ministros como um fator de desequilíbrio na continuidade das ações que vinham sendo desenvolvidas”

2 – Quais foram os principais erros e acertos do Governo Federal na sua avaliação?

Vejo a troca de ministros como um fator de desequilíbrio na continuidade das ações que vinham sendo desenvolvidas. Por outro lado, como mencionei, o Governo agiu para oferecer ajuda na compra de equipamentos para atendimento das vítimas da Covid-19, editou medidas de apoio ao setor da saúde, garantiu auxílio emergencial para a população, linhas de crédito para empreendedores e mudanças na legislação trabalhista para garantir a manutenção dos empregos.

3 – Qual sua opinião acerca da política de distanciamento social e fechamento de estabelecimentos comerciais?

Conforme orientação dos organismos sanitários internacionais e do próprio Ministério da Saúde, tenho cumprido o isolamento com minha família desde o início da pandemia. Nossa equipe está trabalhando em regime de home office, sem prejuízo algum para o andamento do mandato. É um sacrifício que estamos fazendo em nome do bem coletivo. O impacto na atividade econômica é inevitável, por isso buscamos votar e aprovar medidas para minimizar os efeitos para o setor produtivo.

“Pandemia que veio da China e depois passou pela Europa, chegou às Américas fazendo com que já sejamos este epicentro”, avalia deputado.

4 – Como deputado federal, qual sua posição sobre o uso da cloroquina que foi politizada, especialmente após ser defendida pelo presidente?

Deixo esta avaliação para os pesquisadores e médicos, que são os profissionais capacitados a testar e usar o medicamento segundo comprovação científica.

5 – O Sr. acredita que em algum momento o Brasil poderá se tornar epicentro mundial do coronavírus?

Pelo que temos acompanhado, o movimento da pandemia que veio da China e depois passou pela Europa, chegou às Américas fazendo com que já sejamos este epicentro. O desafio agora é entender a dinâmica da curva da doença e adotar as medidas necessárias para que o índice de contaminação e consequente aumento de demanda na rede hospitalar seja o menor possível.

6 – Quais suas principais propostas como parlamentar para mitigar os impactos da pandemia na sociedade? Algumas delas foram aprovadas?

Individualmente apresentamos proposta de proibição de corte de energia e água para famílias carentes que não puderam pagar as contas durante este período de pandemia. Também propusemos a inclusão de mais categorias profissionais (jornalistas, motoristas e cobradores de ônibus, motoristas de aplicativo, taxistas, motoboys, garis e carteiros) na prioridade de vacinação da H1N1, visando imunizar todos que continuam desempenhando suas funções sem poder fazer o isolamento. Realizamos indicação ao Poder Executivo para que as mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia pudessem ser abrigadas, além de um projeto tornando o botão de pânico móvel parte das medidas protetivas de urgência.

“Vejo muita disposição dos presidentes, tanto da Câmara quanto do Senado, em buscar o diálogo com o Governo Federal e acredito que podemos avançar para um bom entendimento”, diz Amaro sobre governabilidade de Bolosnaro.

6 1 – E como o Sr . votou nos principais temas?

Votamos a favor das seguintes medidas: auxílio emergencial de até R$1.200 para famílias, garantia de distribuição da merenda escolar, liberação da Telemedicina, auxílio de R$ 2 bilhões para Santas Casas e hospitais filantrópicos, ajuda de R$ 80 bilhões para perda de arrecadação de estados e municípios, suspensão do pagamento do Fies durante a pandemia, prioridade para os profissionais da saúde nos testes da Covid-19. Continuamos trabalhando para aprovar todas as medidas que ajudem no enfrentamento da pandemia e na recuperação do país após a crise.

7 – E sobre a governabilidade de Bolsonaro no Congresso, como está o cenário? Há indicativos de que houve articulação junto ao chamado ‘Centrão’, procede?

Vejo muita disposição dos presidentes, tanto da Câmara quanto do Senado, em buscar o diálogo com o Governo Federal e acredito que podemos avançar para um bom entendimento. Os próprios ministros têm contato direto com parlamentares, o que facilita muito o andamento dos trabalhos em várias frentes. Sobre as articulações, todo governo precisa articular sua base para manter a governabilidade, é um movimento legítimo de composição com diferentes forças políticas. Como deputado federal, não tenho cargos federais de minha indicação no ES.

Sobre Casagrande: “Faltou investir na construção de um hospital de campanha”.

8 – Você acredita que Bolsonaro se mantém no cargo até o final do mandato? Você vê risco de ruptura institucional no país?

Eu acredito no efetivo poder de um bom diálogo entre os poderes, como vem sendo construído, inclusive com forte atuação do nosso presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O respeito à independência das instituições, o fortalecimento da democracia, a união em torno do objetivo de fazer com que o Brasil vença a pandemia e possa se recuperar econômica e socialmente, deve ser o foco de todos que estão em posição de representar o povo brasileiro.

9 – Como um dos líderes políticos do ES, como avalia o desempenho do Governo do ES na luta contra a Covid-19?

O Governo do Estado começou muito bem na condução da crise, mas faltou investir na construção de um hospital de campanha, inclusive cheguei a fazer esta indicação ao governador. Isso poderia ter sido feito quando ainda estávamos registrando um alto índice de isolamento. Assim teríamos mais capacidade de ofertar atendimento às vítimas. As medidas de flexibilização da atividade econômica são necessárias, com planejamento que garanta a segurança sanitária de quem precisa sair para trabalhar e dos consumidores.

10 – Como avalia as ações de responsabilidade da prefeitura da Serra (cidade que tem domicílio eleitoral) em torno da pandemia?

Muito bem conduzidas pelo prefeito Audifax. Tenho acompanhado cada medida adotada e parabenizo a iniciativa de distribuição de cestas básicas, máscaras, itens de higiene e limpeza. Agora até o auxílio emergencial para famílias carentes. São ações importantes para aqueles que já passavam por dificuldade e que tiveram a situação agravada pela pandemia. Pude contribuir com a destinação de R$ 1,5 milhão em emenda para a saúde na Serra que deverá estar no caixa da prefeitura nos próximos dias. Para a Apae da Serra foram destinados R$ 100 mil, já empenhados para pagamento. É assim que vamos enfrentar essa crise, com muito trabalho e o olhar atento para quem precisa.

11 – Saindo do tema ‘coronavírus’ e falando do seu futuro como figura pública: Amaro será ou não candidato a prefeito da Serra?

Estou focado no mandato de deputado federal, sobretudo no trabalho diário junto à bancada capixaba e colegas de parlamento para aprovar os projetos de ajuda aos estados, municípios, famílias, empreendedores, empregados. Neste momento toda nossa energia deve estar voltada para o enfrentamento da Covid-19. Já são mais de 40 mil mortes no país. Acima de qualquer número são vidas que nunca voltarão. É nossa obrigação trabalhar para vencer esta guerra e garantir que todos os brasileiros possam voltar às suas atividades com segurança e dignidade.

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