Por Eci Scardini
A base aliada do prefeito Audifax (Rede) na Câmara, corre risco de implodir com o processo de escolha da próxima Mesa Diretora. Tem muito candidato para a vaga de presidente e será difícil conciliar todos os interesses. A menos que o prefeito faça generosas concessões em seu primeiro escalão, isso num momento, que é preciso reduzir secretarias e cargos comissionados para conter as despesas com pessoal. Vale lembrar que as contas do município já ultrapassaram o limite estabelecido legal, deixando o prefeito na mira dos órgãos de controle.
Estão na fila Luiz Carlos Moreira (PMDB), Miguel da Policlínica (PTC), Alexandre Xambinho (Rede), Guto Lorenzoni (PP). Vale lembrar que na futura composição da Câmara, 11 vereadores foram eleitos em coligações que estiveram com Audifax e 12 em partidos que estiveram com Vidigal. Os 12 de Vidigal vêm se mostrando fechados e coesos, mas os vereadores governistas não têm dúvidas de que conseguem cooptar votos para vencer a eleição da Mesa.
Votos na Câmara poderão ser trocados por secretarias e vice-versa. No meio disso estão também os sonhos de candidaturas a deputado estadual em 2018.
Hartung de saída?
Circula nos bastidores da política do Estado a possibilidade do governador Paulo Hartung trocar o PMDB pelo PSD, partido pilotado pelo ex-prefeito de São Paulo e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab. É difícil, mas não impossível, pois o PSD é um partido de linhagem de centro direita, oposto à história e perfil do governador, que é de centro esquerda, apesar da falta de identidade e dos problemas existenciais do PMDB.
Mas se de fato Hartung trocar de legenda, o PMDB fica inteiramente nas mãos da senadora Rose de Freitas e o caminho livre para ela ser candidata a governadora.
Vale ressaltar que Rose e o ex-governador Renato Casagrande (PSB) mantém uma relação política de muita proximidade atualmente, o que leva a crer que poderão estar no mesmo palanque, em 2018.