Um grupo de modelos mirins participará do desfile beneficente “Somos todos pela Nicole”, que acontecerá neste sábado (12), às 16h, no Shopping Laranjeiras, em Laranjeiras, na Serra. O evento, organizado pela agência de eventos Mamãe Que Banca e AR Produções e Eventos, ajudará uma criança que precisa de um tratamento caro.
Cada modelo contribuirá com uma taxa de R$ 30 e todo o dinheiro arrecadado ajudará a pagar os exames da menina Nicole e sua viagem para o tratamento.
Nicole Werneck tem sete anos e sua mãe, Cristiane Werneck, precisou abrir mão de um trabalho fora para cuidar da menina, que necessita de cuidados integralmente. Hoje, ela vende rifas, produtos de beleza e faz até bazar com roupas doadas para reunir fundos em função do tratamento da filha.
Nicole é filha de um casal de primos de 2º grau. Apesar de a opinião médica ter liberado uma gestação para a família, a mãe teve problemas. Desde os quatro meses de gravidez, Cristiane apresentou contrações. Após vencer as dificuldades, Nicole nasceu no tempo certo, mas não conseguia mamar. A limitação foi o início de uma vida de sofrimento.
O médico de Nicole, ainda bebê, descobriu que ela não sabia sugar pois ela não tinha o céu da boca. A menina passou por sua primeira cirurgia, a de palato, e colocou um dreno no ouvido pois também não ouvia. Com um ano, Nicole ainda não andava e nem engatinhava.
Pediatras e neurologistas passaram a ser figuras comuns na vida de Nicole. Um deles afirmou que a criança nunca andaria, falaria ou ouviria. Mas a mãe não aceitou a conclusão do profissional. Ao achar um novo médico, descobriu que a evolução era possível.
Hoje, com o diagnóstico de atraso motor, Nicole anda e corre, mesmo que do jeito dela. Ela também ouve 100%. Ela ainda não fala, mas consegue emitir sons. “Nunca a tratei como uma criança especial. Ela é amável, carinhosa e meiga, como outras crianças”, disse a mãe.
Atualmente, Nicole necessita de um profissional para acompanhar seu desenvolvimento, o que não é fácil pelo SUS. Além disso, a mãe tem altos gastos com fraldas e com o tratamento em São Paulo, a cada dois anos. “Preciso ir a um hospital em Bauru para uma cirurgia nos dentes e maxilar. Ela tem a boca muito pequena e temos dificuldade para escovação e outros tratamentos dentários”, explicou a mãe.