
A Polícia Civil divulgou na quarta-feira (18), mais cinco marcas de papel higiênico acusadas de comercializar o produto em quantidades inferiores às declaradas na embalagem ou com falta de informações nos rótulos.
Na primeira fase das investigações, a empresa Virgempel teve produtos apreendidos e analisados. Agora, na segunda fase também, outras cinco marcas foram apreendidas durante a fiscalização: Cristal Paper, Qualilux, Eco Fit, Papéis Hpel e a Benn, esta última fica localizada na Serra.
A ação foi realizada em oito comércios localizados em Vila Velha, Vitória e Serra. De acordo com informações, após a divulgação da primeira empresa, outras marcas foram denunciadas.
A denúncia inicial sobre a suposta venda irregular dos produtos foi apresentada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. O presidente dessa comissão, o deputado Vandinho Leite, que visitou a Virgempel e compartilhou vídeos que mostravam algumas das máquinas usadas pela empresa e produtos já embalados.
De acordo com Vandinho, a disparidade na quantidade de papel higiênico indicada nas embalagens é gigantesca. “Uma embalagem que deveria ter 300 metros, conforme indicado, tinha apenas 180 metros. Quase 50% a menos que do que é anunciado pelas marcas”, observou o presidente da comissão.
A operação conjunta da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), do Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES) revelou que todas as amostras de papel higiênico apresentaram desvio de padronização na largura, conforme estabelecido pelo Inmetro.
Enquanto isso, as amostras de papel toalha das marcas Benn e Papéis Hpel exibiram comprimento e largura abaixo das especificações indicadas nos rótulos.
Além disso, nas demais marcas, foi identificado erro nos rótulos por não conterem as informações de quantidade exigidas pelo Inmetro.