“O que torna a pessoa adulta é o papel que ela assume na sociedade”

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Os jovens Lara, Bruno, Murilo e Helena defendem que a chegada à vida adulta é determinada mais pela atitude do que idade. Foto: Fábio Barcelos
Os jovens  Lara, Bruno, Murilo e Helena defendem que a chegada à vida adulta é determinada mais pela atitude do que idade. Foto: Fábio Barcelos
Os jovens Lara, Bruno, Murilo e Helena defendem que a chegada à vida adulta é determinada mais pela atitude do que idade. Foto: Fábio Barcelos

Por Thiago Albuquerque

Quando se é criança ou adolescente, existe um desejo enorme de ser adulto. Dirigir, ter autonomia para ir onde quiser, voltar para casa depois da balada no horário que bem entender. Escolher seus amigos – e amores – sem se preocupar com aval de familiares. O outro lado não tão agradável dessa liberdade, é a hora de pagar suas próprias contas sem ajuda dos pais.

Afinal, quando uma pessoa pode ser considerada adulta? Com os jovens demorando cada vez mais para sair da casa dos pais, a passagem para a vida adulta ocorre no mesmo ‘time’ do que acontecia às gerações anteriores?

Para tentar lançar luz sobre essa questão complexa, Tempo Novo ouviu alguns jovens da Serra.   Com 18 anos, Murilo Frinhani Munhão, de Barcelona, entende que alguém é adulto quando consegue discernir o certo do errado. “A pessoa chega ao ponto de tomar suas próprias decisões, e arcar com suas próprias consequências”, disse.

Para ele, só depois disso a pessoa deve sair de casa, podendo arcar com suas próprias despesas. Murilo quer ser professor universitário de Engenharia Elétrica.

Lara Henrique Aniceto, de 16 anos, de Laranjeiras, acha que alguém vira adulto quando tem profissão, emprego e autonomia financeira. “Eu vou sair de casa quando arrumar um emprego fixo e tiver dinheiro para me sustentar”, afirma. Lara quer ser advogada.

Sua irmã, Helena Henrique Aniceto, de 17 anos, tem opinião parecida com a de Murilo. “Pode ser considerado adulto quando se tem autonomia para tomar as próprias decisões e arcar com suas consequências diante da lei e das pessoas”. Entre seus planos para vida adulta, está o de se formar em biomedicina e ser pesquisadora da Cruz Vermelha.

Também de Laranjeiras, Bruno Martins, 19, não vê necessidade de saída da casa dos pais para alguém virar adulto. “Você pode dividir as responsabilidades com os seus pais, é uma questão de caráter e respeito ao próximo. Por isso existem adultos que ainda são ‘crianças’ e vice e versa”, opina.

A psicóloga Cecília Coutinho, disse que do ponto vista biológico, o corpo humano está em maturação, em média, até os 25 anos. “Mas o que faz um jovem adulto, é o papel que ele assume na sociedade. Quando dá atenção necessária à vida profissional e passa a se sustentar”.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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