Ana Paula Bonelli
Computador também é lugar de fazer a arte com desenhos. Que o digam os serranos que encontraram nas ferramentas digitais um meio para dar vazão ao talento e ter renda e trabalho.
É o caso de Thiago Fagner, morador de Jardim Limoeiro desenha desde os nove anos. Ele conta que a arte ainda não é a sua principal fonte de renda, mas que complementa. “Faço principalmente cartoon e ilustrações de livros infantis. Também invisto em desenho livre, sem briefing de cliente. Apenas faço o que vem de dentro”, revela.
Para fazer seu trabalho, Thiago usa caneta digital e uma digitalizadora, equipamento que joga para o computador o desenho que faz usando caneta convencional e papel.
Já Chris Ciuffi, de Feu Rosa, trabalha com arte digital desde 1993 em jornais, editoras e agências de publicidade. “Acompanhei a transição da prancheta para o computador. No início da era do design digital, programas como o Corel Draw eram limitados e os monitores dos computadores ainda eram em preto e branco. A tecnologia foi avançando e hoje uso uma mesa digitalizadora para desenhar a mão livre diretamente no computador”, conta Chris.
Já Luiz Tozato, de Laranjeiras, complementa a renda familiar desenhando charges, ilustrações para convites de festas, casamentos, aniversários e outros. “Desenho desde os meus seis anos. Costumava fazer meus rabiscos em qualquer papel em branco que eu encontrasse. Me lembro que meu pai ficava furioso comigo porque eu rabiscava a coleção de livros de bolso dele e também os meus cadernos escolares. Hoje, com a tecnologia uso mesa e caneta digitalizadora, o que dá mais realismo e vida para os desenhos”.
Tozato é também o responsável pela arte das charges do Jornal Tempo Novo, onde colabora há mais de 15 anos. “Gosto de desenhar pessoas, principalmente em situações engraçadas como nas charges. Também gosto muito de desenhar animais”, acrescenta.