Arraial do Cabo, Porto Seguro, Paraty, Porto de Galinhas e Morro de São Paulo. Estes foram alguns dos destinos escolhidos por moradores da Serra e de outras cidades que pagaram pacotes para conhecer os lugares, mas que ficaram a ver navios. Isto porque, sem explicação, a agência que vendeu o serviço, não realizou as viagens e nem devolveu os valores, já que o serviço não foi executado.
Os pacotes não são baratos e em sua maioria foram comprados via WhatsApp e pagos de forma online com PIX ou Picpay.
Mais de 100 pessoas foram ludibriadas pela agência de turismo Pé na Estrada. Os valores pagos variam de R$ 400 a R$ 800 dependendo do destino escolhido. As viagens estavam marcadas para janeiro e fevereiro deste ano.
Moradora da Serra, Dilzete de Almeida, comprou o pacote no valor de R$ 520 para Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro e a viagem foi cancelada sem nenhum aviso prévio ou explicação. “Essa empresa deu golpe em todo mundo. Tentei entrar em contato de toda as formas, eles não atendem mais. Não devolvem o dinheiro e não podemos ficar no prejuízo”.
Para tentar receber os valores de volta, um grupo foi criado para as pessoas que ficaram no prejuízo se organizarem para tomar as medidas cabíveis.
É o caso de Elisângela de Barros Gomes de Araújo que pagou R$ 800 para conhecer Porto Seguro. “Meu pacote era para dois casais incluso transporte, hotel e café da manhã. O meu paguei R$ 200 no Picpay e 600 no cartão de crédito”.
De acordo com Elisângela, ao entrar em contato com a empresa, uma pessoa identificada como Yago disse que entendia a revolta. “Ele me disse que sabia que estava errado e que estava tentando acertar as coisas. Me disse também que com a repercussão negativa que teve, ele não está conseguindo acertar pois depende de vendas”.
Henriara Simões Cola foi outra pessoa que caiu no golpe da viagem. Ela também realizou pagamento pelo Picpay. “Paguei e não pude usufruir do que comprei. Fiz boletim de ocorrência e quero meu dinheiro de volta. Não queremos ficar no prejuízo”.
A reportagem procurou a empresa Pé na Estrada, que tem sede em Vila Velha, via WhatsApp, quatro números foram procurados e nenhum deles respondeu a demanda do Tempo Novo. Os números, de acordo com os consumidores envolvidos no caso, são de funcionários da empresa. O jornal também tentou contato via Instagram e nada foi respondido. Assim que a empresa responder as demandas enviadas esta matéria será atualizada.
