
Você está dormindo tranquilamente em sua cama e, de repente, no meio da madrugada, seu sono é interrompido pelo choro do seu filho. Este é um episódio normal, pois as crianças, principalmente as menores, costumam acordar à noite, por motivos diversos. Seria um simples pesadelo ou o famoso terror noturno? O distúrbio do sono que acomete cerca de 5% das crianças entre 9 meses e 12 anos de idade terá suas diferenças desvendadas pela psicóloga da Unimed Vitória, Márcia Amorim, que explica como os pais devem agir durante os episódios.
Os pesadelos são caracterizados por um sonho amedrontador, que faz a criança acordar assustada e, muitas vezes, querer dormir na cama dos pais. Em geral, a criança sabe o motivo que a acordou e consegue até contar como foi o pesadelo. A criança fica bastante ansiosa, tem medo de voltar a dormir e, no dia seguinte, ainda se lembra do episódio.
Já quando se trata do terror noturno, a criança está em sono profundo, não acorda e, no dia seguinte, sequer lembra do que aconteceu durante a noite. Esse distúrbio assusta os pais porque as crianças podem agir como se estivessem acordadas, abrindo os olhos, sentando na cama, falando e até se debatendo.
Mas a psicóloga da Unimed Vitória explica que os episódios de terror noturno, apesar do nome assustador e do espanto que causa em quem presencia, são benignos, não representam riscos para o desenvolvimento da criança e tendem a desaparecer com o tempo. Ela dá algumas dicas, mas orienta que, se os episódios se tornarem constantes e frequentes, preocupando os pais, um especialista deve ser consultado.
- Durante as crises, fique por perto para evitar que ela se machuque.
· Não tente acordá-la. Falar com a criança ou pegar no colo pode prolongar a crise.
· É importante ter uma rotina de sono para que a criança fique tranquila. Geralmente se a criança vai dormir muito cansada ou muito agitada é mais provável que ocorra a crise.
· Evitar eletrônicos e brincadeiras agitadas antes de dormir. Ambiente Tranquilo, calmo ajuda no sono tranquilo.
· Mudanças de rotina com viagens também podem ser desencadeadores das crises. Tente, mesmo durante uma viagem, fazer o ambiente ser o mais acolhedor possível.

