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Atenção com animais peçonhentos nos meses de calorão

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O escorpião amarelo é um dos que costumam aparecer com mais frequência com o calor. Foto: Divulgação

Serpentes com veneno, escorpiões e aranhas. Nesta época do ano em que as temperaturas estão elevadas, animais peçonhentos costumam aparecer com mais frequência em áreas urbanas. Quem mora próximo a remanescentes florestais, terrenos baldios com lixo e madeira, além de locais com muito mato, deve ter atenção redobrada.

Porém matar esses bichos não é a melhor opção, porque eles desempenham papel importante na natureza. O ideal é acionar os órgãos ambientais. Confira os telefones ao final da matéria.

Segundo o biólogo, Cláudio Santiago, o calor tem influência neste processo. “Este tipo de animal tem mais atividade no período quente. O verão também é época de chuva, temos um clima abafado e úmido, principalmente no litoral. A relação presa predador ajuda nisso. A proliferação de vários insetos também acontece nesta época do ano, mosquito, barata, cupim, tanajura, que são presas em potencial destes animais. Escorpião é um predador importante de baratas. Eles têm mais alimentos à disposição. Aranhas também se alimentam de minhocas, lesmas, outras comem larvas de mosquito e baratas. Já as cobras, saem à procura de ratos”, explica.

Na Serra, os animais peçonhentos mais comuns que aparecem são escorpiões, cobras e aranhas. Em 2017, foram 7 notificações por acidente com serpente; 3 notificações de aranha e 19 notificações de escorpião. Já em 2018, foram 12 notificações de serpente; 1 notificações de aranha e 10 notificações de escorpião.

Segundo a Prefeitura da Serra, todos os acidentes com animais peçonhentos devem ser avaliados nas unidades básicas de saúde. Se envolver mordidas com perfuração, sangramento ou sintomas como formigamento, dor intensa e inchaço, a orientação é procurar imediatamente uma UPA.

Ainda segundo a Prefeitura da Serra, o município é responsável por armazenar e distribuir os soros (antiofídicos, antiescorpiônico e aracnídeo), e há estoque. Os critérios de utilização são definidos pelo governo do Estado, por meio do Centro de Intoxicação (Toxcen), e as doses são ministradas nos hospitais Infantil e Jayme dos Santos Neves.

A chefe do Núcleo de Prevenção e Atenção às Intoxicações do Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen), Joanina Bicalho Valli, disse que no Estado tem uma constância na distribuição destes acidentes e que eles costumam aparecer em todas as épocas do ano e que se deve ter cuidado. Disse ainda que o Espírito Santo tem estoque de soros para atender a população e que em casos de acidentes deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde.

O biólogo Cláudio Santiago dá dicas de como agir se a pessoa observar um desses animais na sua residência. “Nunca tente conter uma serpente. Se for a jararaca, chame imediatamente a Polícia Ambiental. Ela é mortal, dependendo do tamanho da pessoa, criança principalmente. Não adianta, nunca seremos mais rápido do que o bote desta cobra. Apenas um arranhão do dente dela, a pessoa já terá problema sério, perda de tecido, entre outros problemas. Nem com a cobra morta deve-se tocar nela, porque o veneno ainda está ali presente”, destaca.

Caranguejeira inofensiva

Se for uma aranha, a caranguejeira, que é que mais causa medo na população, é inofensiva, segundo Cláudio. “Elas metem medo porque são grandes e peludas. São dóceis e não são agressivas. Não mate a aranha, porque tirando esse predador, vai abrir caminho para aparição de rato e barata que são presas desse animal. Tem que ter cuidado com a aranha de jardim, ele é bem menor, mas com um pote da para conter e levar ela para longe. Escorpião é a mesma coisa. As duas pinças que eles têm na frente são inofensivas, o veneno está no aguilhão, no último segmento da calda. Mas é um animal que não anda rapidamente, dá para conter com um pote e soltar num outro local. Tem que ter muito cuidado com o aguilhão, porque criança pequena pode até morrer, de tanta dor que causa. Esse também depois de morto é perigoso”.

Também é preciso cuidado com animais domésticos

O gato Pezinho foi picado por cobra em dezembro, foi tratado e sobreviveu. Foto: Divulgação

Não só os humanos podem sofrer acidentes com cobras, escorpiões e aranhas, animais domésticos como gatos e cachorros também podem sofrer com o problema e inclusive vir a óbito.

Nestes casos, não há no município notificações de incidentes entre animais domésticos e animais peçonhentos, segundo a Prefeitura da Serra. O Estado também não disponibiliza soros antiofídicos, antiescorpiônico e aracnídeo para estes eventos. Para prestar atendimento, as clínicas veterinárias devem comprar a medicação.

Na Climev, de Laranjeiras, um gato deu entrada com picada de cobra em dezembro. Na ocasião, a médica veterinária Patrícia Ribeiro de Oliveira atendeu o felino, ministrou o soro antiofídico e o animal passa bem e já está em casa, em Cidade Continental. Em 2018, ela também atendeu outros dois casos, um gato e um cachorro que acabaram morrendo.

Patrícia explica que o socorro deve ser bem rápido e que o proprietário deve ficar atento a alguns sinais. “Normalmente é difícil identificar a picada. Ideal é ficar de olho em alterações no comportamento do animal, inchaços eferidas. Estes tipos de animais peçonhentos tem hábito noturno e a maior parte dos acidentes acontece a noite e com felinos. Mas também pode ocorrer com cães, pois eles podem cavar, chegar numa toca e tomar uma picada”.

A médica veterinária explica que a primeira atitude que o dono do animal precisa tomar é levar imediatamente para a avaliação numa clínica veterinária. “Não faça nada, nem sangria, nem garrote, porque isso irá infectar e não eliminará o veneno. O máximo que se pode fazer é uma compressa de água fria, não gelada e levar para o veterinário. Se conseguir tirar uma foto do peçonhento que picou, ajuda no tratamento. Quanto mais rápido o socorro, maior a chance do bichinho”, conclui.

Serviço:

Secretaria de Meio Ambiente da Serra

Telefone: 27 3291-7413

Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), em Barcelona

Telefone: 27 3241-8374

Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen)

Telefone: 0800 283 99 04 (atendimento 24 horas)

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