
No dia 13 de dezembro de 2022, um trágico crime chocou os moradores da Serra, quando Álefin de Almeida Miranda, de 27 anos, foi brutalmente assassinado a tiros em um trecho da BR 101. Nesta terça-feira (20), a Polícia Civil divulgou a informação de que dois jovens, um de 19 e outro de 25 anos, foram presos sob a acusação de cometer o crime, trazendo à tona mais detalhes estarrecedores.
Após uma intensa investigação conduzida pela Polícia Civil, foi possível identificar os quatro envolvidos no crime. Além dos dois jovens já presos, um terceiro suspeito veio a óbito em confronto com a Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, enquanto o quarto indivíduo permanece foragido. Todos os envolvidos são réus em uma ação penal pelo assassinato.
Conforme informado na época pelo Jornal Tempo Novo, de acordo com relatos do pai da vítima, o fatídico acontecimento ocorreu enquanto ele dirigia o carro, com seu filho no banco do carona e seu filho de quatro anos e enteada de 11 anos no banco traseiro. No momento em que passavam por um quebra-molas em frente a um colégio em Jardim Tropical, um Ford Ka branco teria parado abruptamente, e um dos indivíduos efetuou os disparos contra Álefin de Almeida Miranda.
Segundo o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHPP da Serra, foram reveladas as funções de cada um dos participantes no crime:
- Roniel Rangel dos Santos Veríssimo, de 25 anos, foi identificado como o responsável por efetuar os disparos fatais contra a vítima.
- Wanderson Macedo Silva, de 24 anos, foi morto em confronto com as autoridades um dia após o crime.
- Daniel dos Santos, de 19 anos, também teve participação na execução.
- Já Daniel de Oliveira da Silva, de 23 anos, atuou como motorista do veículo utilizado pelo grupo.
Sandi Mori também relatou que, após a morte de Álefin de Almeida Miranda, os criminosos teriam ido até a residência do pai da vítima e realizado pichações nos muros, com o objetivo de intimidá-lo a não depor sobre o caso. Foram encontradas as seguintes siglas escritas: PCV (Primeiro Comando de Vitória), BTB (Bonde do Trem Bala) e PF (Ponto Final).
Na época do crime, o pai da vítima, que preferiu não se identificar, concedeu uma entrevista à imprensa e compartilhou o peso da dor que carregava. Além de perder seu filho em 2022, ele havia passado pela angústia de perder outro filho em 2010 e mais um em 2017. Em suas palavras, ele descreveu a situação como “deprimente” e expressou a dor imensurável que sentia, que não desejaria a ninguém.