As aulas voltam em fevereiro e é hora da compra do material escolar, o que causa grande impacto no orçamento familiar. Mas se o consumidor optar por itens menos enfeitados, reaproveitar outros, pesquisar e até se unir a outros para compras coletivas, é possível economizar nas compras.
Mariana Rodrigues, de Morada de Laranjeiras, economizou cerca de R$700 na compra do material da filha Sofia, 7 anos, que estuda em uma escola particular.
“Fiz orçamento em três papelarias e comprei em duas diferentes. Este ano comprei mochila, estojo e lancheira mais caros para não trocar no ano que vem. Aproveitei três cadernos de 2018 que não foram usados e não comprei uniforme de frio e bermudas, pois estão conservados. Compro cadernos de capa lisa, mais simples, e encapo com o tema que ela gosta. Gastei cerca de R$2 mil, pois só os livros foram uns R$800, mas sem esse esforço, seria uns R$2,7 mil”, detalha.
Marciele Tellarolli, de Jacaraípe, vai aos atacados com outras famílias e aproveita ao máximo o material do ano anterior do filho Andrei, de 13 anos, estudante da rede pública.
“Este será o terceiro ano que ele usa a mesma bolsinha de lápis e a mochila será reformada, pois compro produtos bons para durar. O caderno de inglês e Educação Física será o mesmo, pois usou pouco e é só arrancar as páginas. Com outras mães compro caixas de lápis, caneta, caderno, etc. Ele vai junto e até pode escolher, mas de acordo com o preço. Este ano devemos economizar pelo menos R$ 200. E graças a Deus a escola pública dá os livros, senão gastaria mais uns R$800”, explica.
O consultor financeiro Guilherme de Almeida Prado defende a presença das crianças desde a pesquisa até a compra. “Isso amadurece os filhos e é um importante instrumento de educação financeira”, opina.
Guilherme acrescenta que uma boa forma de economizar é comprar em atacarejos com grupos de pais; buscar comprar e vender seus materiais usados, como livros; esclarecer à criança quanto pode ser gasto e calcular junto com ela o valor das compras; falar sobre a diferença de preço, qualidade e necessidade de escolhas.
O que pode e o que não pode nas listas
O Procon da Serra orienta sobre o que pode e o que não pode constar na relação de material escolar. De acordo com o órgão, é proibida a cobrança de taxa extra para material de uso coletivo (escritório, limpeza, decoração de eventos). O custo com esses materiais ou infraestrutura deve ser embutido nas mensalidades.
Algumas escolas oferecem uma taxa para a aquisição de todos os itens da lista, mas essa deve ser uma opção e não uma imposição. Além disso, deve ser parcelado o valor, pois o material é usado ao longo do ano.Só pode ser exigida a compra na própria escola de materiais que não são vendidos no comércio, como, por exemplo, apostilas pedagógicas próprias.
Indicar marcas e lojas para a compra representa venda casada e também é proibido.Quem se sentir lesado ou quiser orientações, entrar em contato com o Procon pelos 3252-7242/7243, ou ir ao Pró-Cidadão, em Portal de Jacaraípe, das 8 às 17 horas.