Um homem em situação de rua, com possíveis distúrbios comportamentais, tem causado confusão e insegurança na região comercial de Parque Residencial Laranjeiras, na Serra. Segundo relatos de comerciantes, além de ameaçar clientes e lojistas, o indivíduo tem defecado e sujado intencionalmente a entrada de estabelecimentos com as próprias fezes.
Em alguns casos, ele também circula pelas ruas sem roupas ou com as calças abaixadas, expondo partes íntimas em via pública. A situação, segundo os moradores e comerciantes, se agravou nos últimos dias.
“O problema não é de agora, mas está piorando. Ele anda implicando com quem passa, ameaça os outros e já vimos ele nu ou seminu várias vezes”, relatou uma funcionária de uma loja da Avenida Central, que preferiu não se identificar. “Imagina uma criança passando e vendo uma cena dessas? É atentado ao pudor”, disse ao Jornal Tempo Novo.
Outro comerciante afirma que já tentou buscar ajuda da Assistência Social da Prefeitura da Serra, mas não teve retorno. “A gente entende que ele precisa de ajuda, mas também não podemos correr riscos. Em outras cidades, já vimos situações de surto acabando em violência. Não queremos que isso aconteça aqui”, disse.
Vídeos enviados por lojistas mostram o homem utilizando um bueiro como depósito para guardar objetos pessoais e alimentos doados. À noite, ele costuma dormir nas calçadas do bairro e realizar ali também suas necessidades fisiológicas.
A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), em parceria com o Consultório na Rua da Secretaria Municipal de Saúde, têm realizado diversas tentativas de aproximação para ofertar os serviços disponíveis a um indivíduo em situação de rua, sem êxito até o momento.
Ressaltou que, conforme a Política Nacional para a População em Situação de Rua, a abordagem social deve respeitar o direito de escolha e a autonomia dos indivíduos. Diante desse contexto, as equipes estão planejando novas estratégias para estabelecer um vínculo de confiança e sensibilizar o cidadão a aceitar o apoio necessário.