Gasolina na Serra mais cara que em Vitória, Cariacica e Vila Velha

Encher um tanque de 42 litros de um carro pode sair até R$ 15 mais barato para o consumidor nos municípios vizinhos
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Preço da gasolina na região de Laranjeiras está deixando serrano com o bolso desfalcado e com muita raiva. Foto: Fábio Barcelos
Preço da gasolina na região de Laranjeiras está deixando serrano com o bolso desfalcado e com muita raiva. Foto: Fábio Barcelos

Por Thiago Albuquerque

Quem roda pela Grande Vitória e se arriscou a abastecer o carro ou a moto na Serra nesses últimos dias já percebeu. A ‘gasosa’ aqui está bem mais salgada que nas vizinhas Vitória, Cariacica e Vila Velha. Enquanto nessas três havia vários postos vendendo o litro a até R$ 3, 43, na Serra boa parte dos estabelecimentos cobra R$ 3,79.

“Moro na Serra, até abasteço algumas vezes por aqui. Mas como trabalho em Vitória, aproveito os preços por lá mesmo, consigo posto com valores entre R$ 3,45 até R$ 3,55. Na Serra, eu já encontrei até por R$ 3,80. Uma diferença muito discrepante”, conta o administrador Vinícius Duarte.

“Aqui na Serra é um absurdo. Em viagens a trabalho observo preços diferentes. Em São Paulo R$ 3,15, em Belo Horizonte encontro por R$ 3,09 e aqui na cidade R$ 3,79. Impossível que o Procon e outros órgãos envolvidos não façam nada, dispara o servidor público Henrique Dias.

Já o morador de Vila Velha e que trabalha na Serra, Marcelo Santos, diz que corre dos postos da cidade.  “A competitividade entre os postos de gasolina em Vila Velha eu sinto que é diferente. Encontro o litro por R$ 3,43. Na Serra com alguns postos chegam à R$ 3,80, quase 40 centavos de diferença”, salienta.

O tanque do carro de Marcelo tem capacidade de 42 litros. Ele usa seis tanques por mês. Em Vila Velha, ele gasta R$ 144,06 para enchê-lo. Se fizer a mesma coisa na Serra, a brincadeira custa R$ 159,6. Abastecendo só em Vila Velha, a economia de Marcelo pode chagar a R$ 93 por mês.

O Diretor do Procon da Serra, Sérgio Meneghelli, informou que até o momento não recebeu reclamações. “Não chegou nada ainda, e precisamos receber as denúncias para autuar. Acontece também que o preço é monopolizado e sofre com a diferença da distância percorrida até o ponto onde é distribuído. Aconselhamos também que se os preços estão com muita diferença que haja também uma desconfiança por parte do consumidor, por motivo de adulteração na gasolina”, avisa.

A reportagem tentou contato com o Sindipostos nesta quinta – feira (08), mas ninguém atendeu na sede do Sindicato que fica em Vitória, cidade que estava em feriado por conta do aniversário de 465 anos.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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