Localizada nas regiões dos Civit’s I e II, a lagoa Jacuném está sendo asfixiada pela poluição. O fato de estar numa Área de Proteção Ambiental (APA), não impediu o manancial de ter virado destino do esgoto doméstico e industrial da região. A proliferação desordenada de vegetação aquática e a coloração esverdeada das águas atestam o estado crítico da Jacuném, cujas águas descem para a praia de Jacaraípe.
Em 2011, o pesquisador e mestre em Biologia da Ufes, Ian Drumont, constatou a presença de metais pesados como o cádmio e o alumínio em quantidades acima do permitido. Na época um estudo feito por Ian revelou mutação genética em peixes em decorrência dos poluentes. Em entrevista ao Tempo Novo concedida em junho de 2017, o pesquisador explicou que as águas verdes são geradas pelas cianobactérias, que prosperam em ambientes poluídos por esgoto doméstico. Estes microorganismos produzem toxinas nocivas à saúde humana.
Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) disse, através da assessoria de imprensa, que o monitoramento da Lagoa está sendo realizado pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). A última coleta foi realizada em dezembro, com apoio da Semma, que está aguardando a emissão do laudo com o resultado da análise para avaliar a condição em que a lagoa se encontra.
A Parceria Pública Privada (PPP) entre a Cesan e a Serra Ambiental é responsável pela gestão do esgoto doméstico do município. E em nota envidada a reportagem, disse que 78,5% dos imóveisnos 32 bairros da bacia da lagoa já possuem rede de esgoto. E que deste total, 14,5 % ainda não estão ligado ao sistema. A PPP diz que faz vistorias em parceria com a Semma para que as ligações aconteçam. Disse ainda que o sistema será universalizado na Serra até 2023.
