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Ensino híbrido, covid e creches sem crianças: entenda como será a volta às aulas na Serra

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Na próxima segunda feira (01) parte dos 71 mil alunos matriculados nas 141 escolas municipais da Serra (74 de Ensino Fundamental e 67 de Educação Infantil) voltam às aulas presenciais após quase um ano. Parte porque será um retorno gradual e em formato híbrido por conta dos protocolos de prevenção à covid-19. Na última terça – feira (23) Tempo Novo conversou com o secretário municipal Alessandro Bermudes e a subsecretária pedagógica  Luciana Galdino, que detalharam como funcionará esse retorno.     

Secretário de Educação da Serra Alessandro Bermudes e a subsecretária Luciana Galdino. Foto: Bruno Lyra

Alunos de quais séries vão retornar e como vão funcionar as aulas?

Alessandro: Em 1º de março retornam 8º e 9º ano. Em 15 de março, de 5º ao 7º ano. Dia 29 de março, de 1º ao 4º ano. Vamos adotar o modelo híbrido, com aulas presenciais e remotas. Mas as atividades remotas começam para todos em 1º de março. Nosso corpo docente está sendo orientado para fazer, nas primeiras semanas, um diagnóstico do conhecimento dos alunos. Isso para saber como os alunos estão chegando e avaliar se estudo remoto feito ano passado atendeu de forma satisfatória. Também vamos priorizar o acolhimento aos estudantes.

Luciana: É um retorno gradual e com escalonamento das turmas, ou seja, numa turma de 20 crianças não tem como estar todas ao mesmo tempo. Nesse caso, deve dividir em dois grupos. Por enquanto só devem voltar as EMEF´s (Escolas de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental), tanto as turmas convencionais como as da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ainda não há previsão de retorno presencial para a Educação Infantil (CMEI’s).

Porque as creches (CMEI´s) seguem sem previsão de retorno?

Alessandro: Porque as crianças são grupo de risco, conforme portaria estadual. Então para a Educação Infantil ainda estamos estudando como vai se dar esse retorno. Estamos esperando novas normativas do Governo do Estado, por enquanto não existe qualquer protocolo para o CMEI. Considerando que o mapa do estado voltou, quase que por inteiro, para risco baixo, há expectativa de que que possa haver alguma novidade.

Quais são as medidas para a redução dos riscos de contaminação pela Covid-19 nas escolas que voltarão a ter ensino presencial?

Alesandro: Os insumos foram todos entregues às escolas: totem, álcool, termômetros, máscaras para servidores, para os alunos, jalecos para os professores, sanitizante, luvas, toucas. Até 1º de março todas as unidades já terão recebido esses materiais.

Luciana: Além desses EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) ainda haverá outras ações que favorecem esse retorno. Todas as escolas receberam um recurso especial em novembro do ano passado somente para organizar esse retorno presencial.  Além desse recurso que já previa instalação de pias, ventiladores, parte elétrica, a Sedu também fez levantamento de outros serviços necessários e está executando, como abertura de janelas, troca de telhado, melhorias nos pátios. A maioria já foi entregue  e alguns estão em andamento. Professores e demais profissionais receberam formação nesse mês de fevereiro em relação aos protocolos sanitários.  Agora no dia 25 (hoje) todas as famílias receberão orientação por meio virtual através do canal Educa Serra no You Tube. Essa orientação será dada por profissional da vigilância sanitária.

Alessandro: Ficamos um ano parados e a grande pergunta no ar é: porque esses serviços já não foram feitos na gestão anterior, pois se sabia que seria necessário? Hoje estamos tendo que fazer obras, serviços e contratação de pessoal a toque de caixa.

Como vai funcionar o distanciamento entre alunos, quantos poderão ser em sala de aula?

Luciana: Cada unidade de ensino terá uma metragem para a quantidade de pessoas que comporta aquela sala de aula. Essa metragem foi desenvolvida ano passado, cada escola já tem isso. Em cima desse tamanho da unidade de ensino e considerando o retorno das famílias foram consultadas se crianças voltarão ao ensino presencial ou de forma remota. Os alunos serão divididos em grupos – o número deles será definido por cada escola de acordo com a realidade local e haverá revezamento semanal da presença dos grupos.

E para as famílias que optaram somente pelo ensino remoto?

Luciana: O aluno vai continuar recebendo as atividades em casa, seja através dos grupos de Whatsapp, seja por outras redes sociais. Ou mesmo poderá retirar o material impresso na escola.

Os professores em Designação Temporária (DT´s) já estão contratados para não haver desfalques na retomada das aulas?

Alessandro: Está havendo o chamamento (de professores) para preencher as vagas das disciplinas.

Luciana: O processo seletivo que está aberto é para profissionais (cuidadores) que vão atuar na higienização e cuidado das crianças com necessidades especiais. Para os demais profissionais nessa semana ocorre o último processo de alocação deles, mas já estão contratados. Só falta contratar os cuidadores e os estagiários. Durante todo o mês de fevereiro nós localizamos os profissionais nas unidades de ensino.

A infraestrutura das escolas está pronta para receber o retorno dos estudantes ou há obras e serviços ainda pendentes?  

Alessandro: Nós estamos com 47 unidades em obras. As principais demandas são ventilação natural, colocar janela, e banheiros por conta da covid. Algumas unidades também estão passando por troca total do telhado pois alguns tem até risco de queda. Toda essa parte estrutural está sendo desenvolvida nessa gestão para que todas as unidades tenham estrutura mínina para receber nossos alunos e profissionais da educação com segurança.

O secretário Alessandro Bermudes disse que precisou fazer obras, adaptações nas escolas contra a covid e contratação de pessoal “a toque de caixa” por que a gestão anterior não cuidou das medidas para retorno das aulas presenciais. Foto: Bruno Lyra

As obras foram concluídas ou algumas ocorrerão com as aulas em curso?

Alessandro: Alguma obras já foram entregues, outras estão sendo entregues. E as demais, infelizmente, vão estar em curso durante o início das aulas. Mas como são pouquíssimos alunos agora que vão estar retornando, do 8º e 9º ano, então não vamos ter dificuldade. Fizemos planejamento para que a obra não ocorra no horário das aulas.

E o transporte dos estudantes?  

Alessandro: Estamos trabalhando em cima de um edital emergencial, porque a Justiça deu liminar cancelando os editais passados. Com esse edital emergencial esperamos que na semana que vem o transporte já esteja a todo vapor para atender aos alunos. É um transporte parcial poque no início só vão entrar os alunos do 8º e 9º ano.

O fornecimento de merenda escolar está garantido?

Alessandro: Sim. Inclusive essa semana estaremos entregando um kit alimentação para as famílias dos estudantes, como aconteceu ano passado. E aqueles que voltarem às aulas presenciais terão sua alimentação normal na escola. Esse é uma preocupação muito grande do prefeito Sérgio Vidigal. Além de estar parados há quase um ano por conta da pandemia, essa volta às aulas envolve não só o aspecto educacional mas também social. Ainda mais nesse momento em que estamos sem o auxílio emergencial. E a alimentação escolar, para muitas crianças, é a única refeição do dia. Já visitei mais de 50 escolas, nesses pouco mais de 50 dias de gestão, e a minha grande tristeza é que as crianças estão nas ruas à mercê de todo tipo de sorte. E a gente precisa cuidar dessas crianças.

No total são quantas escolas, alunos e profissionais na rede municipal de educação?   

Alessandro: São 141 unidades, sendo 67 CMEIS (creches) e 74 EMEF’s (Escolas de Ensino Fundamental). Temos em torno de 71 mil alunos. De servidores são 6,5 mil, sendo2,4 mil efetivos.

Qual é o orçamento da educação para 2021?

Alessandro:Esse orçamento ainda está sendo discutido, mas é algo em torno de R$ 450 milhões.

Luciana: Esse ano terá um gasto adicional com a folha de pagamento, considerando que temos profissionais afastados em virtude da pandemia e terão que ser repostos.

Alessandro: Hoje estou com 551 servidores afastados por comorbidades. São os maiores de 60 anos ou gente com cardiopatia crônica, diabetes.

Como estão os repasses federais para educação do município?

Alessandro: Estão sendo feitos de forma correta.

 

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