Um total de 12.172 casos de indícios de irregularidades em doações e gastos de campanha nas eleições de 2018. Este é o número apontado pelo Tribunal de Contas da União, com base na movimentação declarada à Justiça Eleitoral.
O levantamento englobou dados até o dia 29 de setembro, um total de R$ 42.338.450,40. Entre os casos identificados como inconsistentes encontram-se, por exemplo, doadores inscritos no programa Bolsa Família, desempregados, parentes de candidatos e até mesmo mortos.doadores inscritos no programa Bolsa Família, desempregados, parentes de candidatos e até mesmo mortos.
Segundo técnicos da Justiça Eleitoral, a quantidade de casos e os valores identificados como suspeitos nesta primeira rodada de verificações são pequenos e podem ser explicados em boa parte pela predominância do financiamento público das campanhas eleitorais. Até 30 de setembro, os registros indicavam que o financiamento público correspondia a 78% dos gastos. Já o financiamento privado, equivalente aos 22% restantes, dividia-se da seguinte forma: 10% de recursos oriundos de autofinanciamento e apenas 12% oriundos de doações de pessoas físicas.
A Justiça Eleitoral utiliza os dados como informação de inteligência para o exame da prestação de contas de candidatos e partidos. Além do TCU, integram o núcleo de inteligência da Justiça Eleitoral o Ministério Público Federal (MPF), o conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), a Receita Federal (RFB) e o Departamento de Polícia Federal (DPF).