Na última semana, foi relatado por estudantes da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) larvas em meio a diversas marmitas fornecidas pelo R.U (Restaurante Universitário) do campus de Goiabeiras e de Maruípe, em Vitória.
Nos vídeos divulgados é possível ver nitidamente a presença dos insetos nas refeições dos universitários.
A situação exposta agravou os protestos realizados pelos estudantes, que já reclamavam do modelo de agendamento adotado pela universidade e do alto preço tendo em vista a média nacional.
Levando em consideração a distância dos bairros da Serra em relação a UFES e a necessidade de alguns estudantes serranos em passar o dia na faculdade, os problemas acumulados em relação ao R.U se agravaram com a situação presente, principalmente por se tratar de uma questão de vigilância sanitária.
Maria Fernanda Amorim, estudante de Terapia Ocupacional na UFES, é uma das que reclamam dos problemas enfrentados no R.U.
“Desde que voltaram as aulas presenciais eu passei a frequentar o restaurante universitário três vezes na semana, que são os dias que tenho aula integral. Por morar na Serra e estudar no campus de Maruípe, o R.U é a opção mais viável para a alimentação, apesar de o valor de R$ 5 ser até caro considerando outras universidades federais que possuem um valor mais em conta. Com o modelo de agendamento, foram várias as vezes que as marmitas atrasaram cerca de 40 minutos até uma hora e meia; o que prejudicou muitos estudantes que tem horário contado para o almoço”, disse.
A acadêmica ainda acrescentou que espera mudanças para voltar a consumir no local. “Na última semana fomos surpreendidos com essa questão das larvas nas marmitas, que é um descaso total com nós estudantes. Eu não passei pela situação, mas vi de outras pessoas que além de terem constatado as larvas em suas marmitas, algumas relataram ter passado mal após comerem lá, o que evidência a ocorrência de problemas desde a volta as aulas, e não apenas na última semana”, relatou.
Já a estudante de Design, Lorena Coelho, afirmou que, apesar do medo,vai ter que continuar almoçando no local.
“Eu não fiz nenhuma refeição na UFES na semana que teve as larvas, exatamente pela questão de não conseguir agendar. Porque se você não agenda por volta de uma semana antes, não consegue o almoço. Na semana passada agendei o R.U dessa semana, até porque eu fico na terça integralmente na UFES. Vou tentar comer observar como vai estar a situação por que comprar uma marmita sai bem caro e eu moro muito longe pra voltar pra casa”, disse.
UFES reincide contrato com empresa fornecedora
A faculdade informou que reincidiu o contrato com a empresa fornecedora das marmitas e realizou como medida provisória o auxilio de R$: 15 até que a situação se resolva. Os alunos dos campus de Goiabeiras, Maruípe e de São Mateus serão assistidos com o benefício.