A Serra é a segunda cidade com o maior número de mortes por complicações da Covid-19, além de líder do ranking de casos confirmados no Espírito Santo. Ao todo, já são 53.010 pessoas infectadas, 1.062 óbitos e 50.503 pacientes considerados recuperados da doença no município. De acordo com a última atualização divulgada no final desta quinta-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nas últimas 24 horas, a Serra registrou 16 mortes e 329 novos casos confirmados.
E pensando num pós-atendimento das pessoas que superaram a doença, mas que de alguma forma ficaram com sequelas por conta do vírus, uma vereadora propôs a Prefeitura da Serra por meio de projeto a implantação de equipe multiprofissional para tratamento e acompanhamento clínico de pacientes recuperados da Covid-19.
O projeto prevê que a equipe seja composta de profissionais da área médica, como enfermeiro de reabilitação, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, nutricionista, além de odontólogos.
“Temos que enxergar lá na frente. Muitas pessoas que se curaram da Covid-19 ficam com lesões e sequelas da doença e necessitam de acompanhamento clínico. Nosso intuito é minimizar os efeitos colaterais do vírus. Temos que cuidar bem de quem está vivo. Tem gente que esta tendo alta hospitalar e não está conseguindo ser reabilitado. Sente fadiga, física, pulmonar e muscular e se o tratamento de fisioterapia não for iniciado em até sete dias dessa alta, a sequela pode ser tornar permanente”, disse Raphaela Moraes que é a autora do pedido.
A vereadora frisou que não são todas as pessoas que possuem condições financeiras para pagar vários profissionais. “Estamos falando de uma população carente que não tem recurso financeiro para pagar um fisioterapeuta, um nutricionista. Mas que está vendo seu parente chegar vivo e feliz da vida em casa. Mas ele vai chegar em casa precisando de uma reabilitação e não vai ter estrutura financeira para custear isso. É para essa população carente que estou aqui hoje contando com a participação dos vereadores para aprovação deste projeto”.
Apesar da urgência do projeto, ele ainda não foi lido pela Mesa Diretora e nem votado pelos vereadores.