Suposto ritual | Homem confessa que matou cadela na Serra e é liberado pela polícia

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O homem foi ouvido nesta terça-feira (25). Foto: Divulgação

O homem suspeito de matar uma cadela em Jacaraípe no suposto ritual de magia negra na Serra confessou o crime e disse que cometeu a maldade num momento de surto. A informação foi divulgada pela deputada Janete de Sá, presidente da CPI que investiga maus-tratos a animais do ES.

O homem foi encaminhado a Delegacia de Meio Ambiente, nesta terça, 25, pela CPI dos Maus-Tratos.

Em depoimento, o suspeito confessou o crime e alega ter praticado o ato diante de um surto. “O homem ainda afirmou que não se tratava de nenhuma espécie de ritual, e que cometeu o crime em sua casa e outras três pessoas ajudaram na remoção do cadáver do animal que foi deixado no terreno em frente a uma escola”, revelou a deputada.

Por não se tratar de flagrante, o homem foi ouvido e liberado. “A CPI não se convenceu da justificativa deste crime tão bárbaro, e irá solicitar que a justiça seja feita, aplicando pena máxima para o suspeito, já que o mesmo, diante de um surto, pode colocar a sociedade em risco, além disso iremos convocar para prestar esclarecimentos em plenário para a CPI”.

Para quem não se lembra, o crime aconteceu no último dia 18 de janeiro, no bairro Sâo Patrício, em Jacaraípe. O crime bárbaro chocou os moradores.

Uma moradora achou o corpo da cadela que foi deixado numa bacia em frente a uma creche. O vídeo e as fotos foram postados nas redes sociais e causaram revolta. No vídeo que não será postado na matéria por conter cenas fortes, uma moradora mostra o momento em que encontrou a cadela morta dentro de uma espécie de bacia com vísceras aparentes e muito sangue.

“Olha o que fizeram com o cachorro! Um ato desumano, que não existe um negócio desse. O cachorro foi torturado, amarrado, tá todo furado. É uma cachorrinha fêmea, não existe um negócio desses, coisa triste!”, lamenta a moradora Pyetra Souza Abelha Amorim, que é técnica de enfermagem.

Vale lembrar que maus-tratos a animais é crime previsto em lei. A pena para quem comete tal ato é de dois a cinco anos de detenção, além de multa e proibição da guarda para quem praticar este tipo de crime.

Foto de Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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