Sueli Vidigal não confirma se será candidata, critica Governo Bolsonaro e diz que Audifax não avançou no social

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A primeira-dama, Sueli Vidigal

Filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) há 30 anos, a primeira-dama da Serra, Sueli Vidigal, tem uma trajetória que se confunde com a história do município. Sueli é formada em Serviço Social e já ocupou a pasta de Assistência Social na cidade, nas gestões anteriores do marido, o prefeito Sérgio Vidigal, quando desenvolveu projetos sociais na Serra.

Em entrevista realizada via telefone, Sueli Vidigal avaliou os impactos da pandemia; gestão anterior Governo federal e empobrecimento da população. Não confirma se será candidata, apesar das especulações do mercado político local. Confira:

Como avançar na assistência social em época de pandemia?

Considero que, a Abertura e o fortalecimento dos equipamentos públicos, lógico guardando as recomendações necessárias de prevenção contra a COVID-19. Os CRAS, por exemplo, são ferramentas importantes porque [o servidor] conversa direto com o público mais vulnerável e o mais penalizado nessa pandemia. Concentrar neles todas as informações e atendimentos assistenciais e acompanhamento das famílias.

Na sua visão, que tem uma história na Assistência social, onde a gestão passada errou e onde acertou?

Na minha visão a gestão passada deixou de priorizar o social, não modernizou, não ampliou, não avançou. Prova disso, extinguiu todos os programas sociais implantados na cidade.

Como avalia as políticas assistência do Governo federal?

O governo federal não tem uma política de Assistência Social à altura das diversidades do nosso país. Nada novo foi implementado e nem priorizado. Ainda reduziu em 67% os gastos com os serviços do SUAS, que é a porta de entrada da população mais vulnerável. O SUAS é quem organiza os serviços de proteção de rendas e acesso a serviços socioassistenciais.

Quais são seus projetos para a assistência social?

Os meus projetos para a Assistência Social continuam sendo os mesmos. Levar dignidade aos menos favorecidos, dando a eles oportunidade. Esses projetos já estão sendo contemplados na gestão de Sérgio.

A população da Serra empobreceu muito nos últimos anos. A que a senhora atribui isso? Quais fatores contribuíram?

O empobrecimento da Serra não é diferente do resto do país; é estrutural.
As desigualdades sociais são a causa, associadas à crise econômica e agora a crise da Pandemia, haja vista que hoje um por cento da população brasileira detém 50% da riqueza, isto demonstra o tamanho da desigualdade social.

Em uma das edições do casamento comunitário. Foto: Divulgação

A prefeitura anunciou que vai retornar com o casamento comunitário, um de seus projetos à frente da Assistência Social do município. O que isso significa?

A minha história com o casamento comunitário sintetiza numa só palavra “amor”. Ele nasceu dentro do projeto Serra Cidadã, criado quando eu ainda era secretária de Promoção Social do município. Foi o maior projeto de alcance social, serviu de modelo até para outros municípios e estados. Ele tinha o objetivo de dar dignidade ao morador da Serra na prestação de serviços e com diversas atividades, e o casamento comunitário era uma das ações dele. O casamento comunitário visava dar oportunidade aos casais, às famílias, de regularizar sua situação, diante das leis dos homens e da lei de Deus.

A senhora é candidata? Se sim, a qual cargo?

Este tema ainda não está em pauta nem em casa e nem no partido.

Caso não seja candidata, o PDT teria um nome com o seu perfil para apresentar? 

O PDT com certeza vai buscar esta figura dentro dos seus quadros de filiados. Temos um número expressivo de mulheres com capacidade, trabalho e desenvoltura.

Qual é a sua relação com o Dudu Vidigal? Existe a possibilidade de uma dobradinha com o filho de Vidigal nas eleições 2022?

A nossa relação extrapola qualquer debate eleitoral pertencemos a mesma família.

Sueli e os netos, Helena, Antônio e João Pedro. Foto: Reprodução Arquivo Pessoal

Trajetória:

Sueli Vidigal foi secretária municipal de Promoção Social entre 1997 e 2002. Deputada Estadual (a segunda maior votação do ES e a primeira mulher com o maior número de votos do Estado) É autora da lei que discute o orçamento do Estado com os municípios.
Teve ainda dois mandatos de deputada federal (a única mulher da Serra, em 464 anos, que foi eleita pela Serra como representante. Foi a mulher como deputada federal a obter a maior votação do estado do Espírito Santo). Autora da lei que insere no calendário nacional o dia da conquista do voto feminino. Secretária de Estado da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (única mulher da Serra a ser Secretaria de Estado).

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 21 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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