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Mestre Álvaro
Yuri Scardini é autor do livro 'Serra: a história de uma cidade' e escreve sobre política e economia

Vice-governador Ferraço critica aumento do IOF e diz que Lula pune quem investe

Ricardo Ferraço, vice-governador do ES, critica Lula. Crédito: divulgação.

O vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (MDB), criticou duramente o novo pacote de mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) proposto pelo governo federal. As alterações, que começaram a vigorar nesta semana, geraram repercussão nacional e, diante da reação negativa, levaram o Executivo a recuar parcialmente em alguns pontos. Ainda assim, Ferraço classificou a iniciativa como “equivocada” e “ineficaz”.

Segundo o vice-governador, ao tributar investimentos, o governo Lula escolhe o pior caminho possível para tentar ajustar as contas públicas. “Aumentar impostos é um caminho equivocado. O Brasil precisa ajustar suas contas para voltar a crescer de forma sustentável. Mas a pior maneira de fazer esse ajuste é taxando os investimentos. É prejudicar quem ajuda o país a se desenvolver e gerar emprego”, afirmou Ferraço, em nota.

As críticas se referem especificamente às mudanças na forma de cobrança do IOF sobre operações de crédito e câmbio, que afetam principalmente quem investe no mercado financeiro ou busca financiamento. Embora o governo tenha recuado parcialmente — retirando, por exemplo, a cobrança em cartões internacionais para compras de até US$ 100 — outras medidas foram mantidas, como a aplicação da alíquota sobre operações com fundos exclusivos e offshores.

Para Ferraço, o modelo adotado pelo Espírito Santo deveria servir de exemplo ao governo federal. “É inaceitável qualquer aumento de impostos. Pelo contrário, precisamos tirar o peso do Estado das costas de quem quer empreender e investir. O Espírito Santo é exemplo de ações bem-sucedidas nesse sentido. Temos a menor alíquota de ICMS da região Sudeste e somos nota A+ no Tesouro Nacional há 13 anos consecutivos”, defendeu.

O vice-governador destacou que o Estado tem conseguido manter o equilíbrio fiscal, com alto volume de investimentos públicos e melhoria contínua nos serviços oferecidos à população. “Estamos no caminho certo. Nosso exemplo mostra que é possível cortar gastos supérfluos e tornar a máquina pública mais eficiente. O que fazemos aqui deveria ser considerado em Brasília”, concluiu.

A alta do IOF tem impacto fiscal estimado em até R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, segundo a equipe econômica do governo. O aumento na carga tributária, no entanto, não foi bem recebido no Congresso, nem entre empresários e investidores, que temem efeitos negativos no ambiente de negócios e na atração de capital estrangeiro para o Brasil. Por outro lado, setores progressistas defendem que a taxação sobre o que chamam de “financistas” é necessária para promover maior justiça tributária.

O tema ainda está em debate no país, e a manutenção ou revisão das medidas permanece incerta. Especialistas apontam que as novas regras do IOF apesar de técnicas e voltadas principalmente a instituições financeiras, podem ter impactos indiretos sobre o consumidor final.

O decreto busca uniformizar a cobrança do IOF, mas, na prática, deve aumentar a carga tributária de alguns setores — especialmente em operações de crédito de curto prazo e investimentos de empresas não financeiras. Isso pode encarecer o custo de capital de giro, elevando os juros de empréstimos e financiamentos, o que pode se refletir nos preços de bens e serviços.

Além disso, a nova norma revoga isenções anteriormente aplicadas a algumas operações, o que também pode gerar aumento de custos em financiamentos, cartões de crédito, leasing, seguros e outras transações. Ainda que o consumidor médio não perceba imediatamente esse impacto, ele tende a aparecer de forma diluída em tarifas bancárias, contratos de crédito e no valor final de produtos e serviços.

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