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“Somente ficar indignado é muito pouco, temos que participar da política”

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Dr. Gustavo Peixoto foi um dos coordenadores do movimento “Vem pra rua”. Foto: Divulgação

Yuri Scardini

Filho de Antônio Peixoto, vice-prefeito da Serra na gestão de Aldary Nunes (1973-1977), o médico Gustavo Peixoto deixou em maio a coordenadoria da equipe de cirurgia geral e do trauma do Hospital Jayme Santos Neves, com o objetivo de articular uma candidatura a deputado federal pelo PTB. Nessa entrevista ele conta a experiência de gestão do Jayme, de onde está desde a inauguração do hospital e fala de seu projeto político. Gustavo foi um dos articuladores do movimento “Vem Para a Rua” e diz que a indignação frente aos escândalos de corrupção foi o motor de motivação para ingressar na política.

O senhor deixou temporariamente suas funções do hospital, pois articula uma pré-candidatura a deputado federal? O que te motivou a isso?

Sou coordenador da equipe de Cirurgia do Hospital Meridional, estava como chefe do Departamento de Cirurgia da Ufes e chefe da equipe do Jayme; minha carreira está bem consolidada. Só que desde 2013, o Brasil vive um período onde as mazelas causadas pela corrupção e pela má gestão se tornaram públicas. Isso gerou muita indignação e começaram movimentos contra isso. Eu fiquei sendo o representante do “Vem Pra Rua” daqui do ES por um tempo; criamos uem movimento chamado “Ativação”, que é um apoio às 10 medidas anti-corrupção do Ministério Público, em apoio à Lava Jato. Chegou agora 2018 e começamos a refletir muito de que somente ficar indignado é muito pouco. A gente quer realmente um país melhor e temos que participar desse processo de forma democrática, e por isso a gente ofereceu nosso nome.

Como é possível ajudar o Brasil no Congresso?

Os políticos perderam a conexão com o povo; eles não nos representam mais. A gente quer fazer um mandato onde cada apoiador, cada líder que esteve conosco participe nos cobrando, dando ideias, sendo um dono do mandato. As redes sociais nos aproximam muito, então vamos poder manter um gabinete virtual e dialogar com a sociedade constantemente e representar as pessoas de verdade.

Qual é o seu vínculo com a Serra?

Meu vínculo com a Serra é histórico. Meu pai, há muitos anos atrás, foi vice-prefeito da Serra (Antônio Peixoto), eu passava todos os verões em Nova Almeida; quando fiz 16 anos eu ficava praticamente direto na casa da minha avó, meu Título de Eleitor é da Serra. Quando fui chamado para montar o serviço no Jayme eu aceitei, e o principal motivo foi ser um grande hospital na Serra; isso me reaproximaria das minhas origens.

A Serra é a cidade que mais recebe imigrante e com a maior demanda social, como equilibrar economicamente essa relação?

A Serra precisa voltar a crescer, precisa voltar a valorizar os empreendedores; facilitar a vida dos pequenos empresários, facilitar a vida daqueles que querem fazer seus negócios na Serra, ao invés de criarmos burocracias, regras sem o menor sentido. A Serra tem tudo para voltar a ser o motor econômico do ES e devolver essa riqueza para a sociedade através de benefícios sociais, de obras, de estrutura, de segurança, de saúde, para que a gente consiga fazer um equilíbrio social.

O senhor está há quanto tempo atuando no Jayme Santos Neves e em qual função?

Desde que abriu as portas em 2013. O Jayme é um modelo de hospital público para o país. Quando abriu as portas, precisava-se de uma equipe de alta performance para lidar com cirurgia. Então nos procuraram e participei da montagem da equipe de cirurgia de urgência e emergência, da cirurgia do trauma, da cirurgia geral, e a gente fez toda implantação do sistema ‘Porta Aberta’. Posteriormente, levamos os alunos da Ufes para dentro do Jayme e em 2015, abrimos um programa de residência médica onde a pessoa é treinada em serviço, e o Jayme passou a ser também um hospital de ensino. Depois vieram trabalhos que foram apresentados e publicados, e o Jayme passou a ser um local de realização de pesquisas.

O Jayme é gerido por uma instituição de terceiro setor, que é a Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (AEBES). Qual é a diferença prática em comparação aos hospitais geridos diretamente pelo poder público?

O modelo de gestão 100% SUS é moroso, burocrático e ineficiente gerando dificuldade em atender a população no tempo adequado. No modelo de PPP ou de OS, como é o Jayme, é muito mais ágil, pois princípios da iniciativa privada são implantados no público. Se você tem um servidor que bate o ponto, mas não produz, fica difícil retirá-lo da função ou exigir um desempenho apropriado. Quando se trabalha com PPP ou OS, você tem que ter uma performance quantitativa de número de operações, de atendimentos por exemplo; e qualitativa, que é o tempo em fila de espera, baixo índice de complicações. Não é um acordo de cumprir ‘x’ horas ou ter ‘x’ pessoas no plantão. Isso dá uma entrega muito melhor para a sociedade.

Qual orçamento/despesas anual do Jayme e o fato da gestão ser ‘terceirizada’ gera economia de recursos?

Quanto aos números globais do Jayme eu não tenho autorização para passar. Mas posso assegurar que o Jayme é o hospital com maior eficiência, maior demanda da parte de cirurgia e é o único hospital da rede do Estado que mantém reuniões científicas e controle de qualidade.

Quantos profissionais atuam e quantas pessoas são atendidas por mês no Jayme?

Posso falar da área de cirurgia, a região da Serra tem um conflito social grande, muita violência. Atendendo muitas pessoas vítimas de arma branca e arma de fogo e por isso planejamos bem a equipe. São cinco cirurgiões de dia, três à noite, mais acadêmicos e residentes. Todos com treinamento em trauma; cirurgias de urgência e emergência. O Jayme tem resultados que nenhum hospital de trauma consegue ter aqui no Estado.

A Serra é a cidade com os maiores índices de violência, especialmente os homicídios. Como isso impacta no atendimento do Jayme? É um local seguro?

Trabalhar no Jayme é mais seguro do que trabalhar em vários outros hospitais do Estado, inclusive privado. Essa realidade da violência está presente em todo o país.

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