O mercado de shows musicais se consolidou no município, o que anima produtores a trazerem artistas locais e nacionais dos mais variados estilos. Do jazz ao sertanejo universitário, passando pelo rock, reggae, samba, pagode, MPB e música caipira tradicional, há opções para todos os gostos. Além de entretenimento, isso gera renda e trabalho na cidade.
Do Steffen Centro de Eventos, Ildo Steffen conta que a maioria dos shows que o cerimonial investe é no sertanejo. Pela casa, já passaram Daniel, Cezar Menotti e Fabiano, Zezé di Camargo e Luciano, Michel Teló, Bruno e Marrone, Victor e Léo, Leo Lima e Gino e Geno. “Quase todos os eventos que fiz na Serra, a maioria foi sertanejo. Fiz também um de MPB com o Roupa Nova; inclusive, este show foi o que deu mais público. Também investimos em formatura e eventos empresariais. Mas os shows com open bar e open food é o que têm divulgado melhor a Serra e o Steffen”, conta Ildo, que está há nove anos com o cerimonial e há dois investe em shows.
Ildo adianta que a casa tem várias novidades para este ano e revelou algumas delas. “Teremos em maio The Fevers e Titãs; em junho, cover do Abba e Elvis Presley; e em julho, Benito de Paula e Diogo Nogueira”, destaca.
Rodrigo Rosa, da Prospecta Eventos, que está há 23 anos no mercado, destaca que há espaço para diversos gêneros musicais; porém, o que mais atrai público é o sertanejo. “A Serra é um pouco brejeira. Os eventos com maior público, 30 mil pessoas, são os sertanejos realizados no Pavilhão de Carapina. Mas o último evento desse tipo teve público menor. O serrano não gosta de pagar ingresso e prefere evento aberto ao público”, observa.
Rosa trouxe recentemente para a Serra os regueiros da Tribo de Jah e Edson Gomes, além de Trio Virgulino e Elba Ramalho. Em Vitória, já produziu shows internacionais como Soja, The Wailers, Steel Pulse, Israel Vibration, O Rappa e Natiruts.
João Villas Boas, da Jam Produções, está no mercado serrano de eventos há mais de 20 anos. “Fizemos o Movimento Calçada Livre nas décadas de 1990/2000 na praça de Barcelona, onde foram lançados vários artistas. Também criamos a Lona de Cultura e Arte e a Feijoada do João, que se consolidou no meio da família do samba. Trouxe Neguinho da Beija Flor, Reinaldo, Vou pro Sereno, Fundo de Quintal, Dudu Nobre e Xande de Pilares”, conta.
Em abril, a atração da sétima edição da Feijoada será o grupo Molejo, no local já consolidado como palco da festa, a Chácara Flora.
João também trouxe Os Raimundos e artistas gospel como André Valadão, Thalles Roberto, Anderson Freire e Rosa de Saro.
Assis Borges é outro que nunca desistiu da Serra e está há 24 anos na carreira. “Vemos muitos megaeventos sertanejos, funk e axé no Pavilhão de Carapina e, pelo jeito, tem dado certo, tem seu público. Nós, no Chico Bento Manguinhos, andamos meio na contramão a isso tudo e investimos em estilos hoje considerados alternativos: rock, pop, reggae, MPB, viola caipira, flashback e samba raiz. Somos mais o estilo retrô, como a moçada mais jovem diz hoje em dia. Damos muito valor à música capixaba. Já trouxemos Blacksete, Macucos, Big Beatles, Som de Fogueira, Saulo Simonassi, O Quarto Crescente & Carlos Papel, Cláudio Bocca, entre outros. De nomes nacionais, tivemos o prazer de trazer Zé Geraldo, Beto Guedes, Dr. Silvana e Silvinho Blau Blau”, enumera.
Outro que também aposta na cidade é Fábio Barcelos, que está no mercado da música também há 24 anos. “Invisto em eventos de vários formatos. Já produzi festas temáticas, eventos esportivos, shows musicais e projetos culturais. Tenho produzido festivais musicais que atraem principalmente a família. Foco em gêneros como o jazz, rock e blues. Os lugares dos eventos são variados e vão das montanhas capixabas ao balneário de Manguinhos”.
Barcelos lista nomes como Big Bat Blues Band, Artur Nogueira, Máquina do Tempo, Yumi, Saulo Simonassi e Cláudio Bocca entre os artistas que já se apresentaram em seus eventos.