Gabriel Almeida
Mesmo com um caso confirmado de malária na Serra em 2018, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirma que o risco da doença ser transmitida na cidade e municípios vizinhos é extremamente pequeno. Esse caso foi registrado em janeiro e segundo informações da assessoria de comunicação da Prefeitura da Serra, trata-se de um caso importado, ou seja, a pessoa se infectou fora do território da cidade.
A assessoria de imprensa da Sesa não passou outras informações sobre o caso. Disse apenas que o município já reforçou junto com as unidades de saúde os procedimentos para pacientes com sintomas de malária e a necessidade de notificação imediata à Vigilância Epidemiológica. A prefeitura também realizou capacitações técnicas para profissionais realizarem o teste da doença em hospitais.
O Espírito Santo já registrou mais de 100 casos de malária em 2018 e dois municípios da região noroeste do Estado estão em alerta com o surto da doença, são eles Vila Pavão e Barra de São Francisco. Na manhã da última quinta-feira (09), a Sesa liberou a informação que uma idosa de 82 anos foi diagnosticada com a doença no município de Vila Velha. De acordo com a secretaria, a paciente está sendo monitorada por 40 dias e já fez tratamento.Os dois últimos exames deram resultado negativo e mostraram que a doença está controlada. Esse foi outro caso importado, pois a contaminação foi em Vila Pavão.
Referência Técnica da Malária da Sesa, o médico Adenilton Cruzeiro, disse ser“extremamente pequena” a possibilidade da doença ser transmitida na Grande Vitória. “O que interessa para nós é o local de contaminação. O risco da doença chegar na Grande Vitória é extremante pequeno já que o mosquito transmissor não é comum em áreas urbanas. Toda a equipe médica do Espírito Santo está sendo alertada para que qualquer paciente que venha da região que está tendo casos, seja monitorado”, afirma.
Prevenção
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada em tempo oportuno e de forma adequada. Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito. Segundo informações do Ministério da Saúde, não existe vacina contra a malária e a prevenção da doença pode ser realizada através do uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e repelentes.