
Após a vacinação e a diminuição de casos de Covid-19 em todo o Brasil, uma outra doença voltou a preocupar as autoridades de saúde do Espírito Santo. Trata-se da Meningite, que vem registrando grave aumento de infecções e mortes em cidades capixabas, principalmente na Serra. No município serrano, foi confirmado um aumento de 428% nos casos da doença.
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), até o momento, a Serra registrou 37 moradores infectados por meningite. No mesmo período do ano passado, eram sete casos confirmados; ou seja, o aumento é de 428%. Neste ano, também foram registradas 72 notificações, contra 28 do ano passado.
Outro dado que preocupa é o número de óbitos. De janeiro a agosto de 2021, a Serra confirmou uma morte por meningite; enquanto no mesmo período deste ano, já foram sete moradores que sucumbiram a doença causados por bactérias (cinco casos), vírus (um caso), e não especificada (um caso).
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Conforme informado anteriormente pelo Jornal TEMPO NOVO, a morte mais recente causada por meningite na Serra foi em 24 de julho. Lara de Souza Fontoura foi a criança de apenas seis anos de idade que faleceu em um hospital particular da Serra por conta da doença. A menina era moradora de André Carloni e morreu apenas um dia após o início dos sintomas da doença.
Explosão da doença em todo o ES
Mas essa explosão da doença não é exclusiva da Serra e ocorre em todo o Espírito Santo. Tanto que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com o intuito de evitar novas infecções e diminuir a gravidade da doença, está com vacinação aberta para pessoas de 10 a 19 anos – que não foram vacinados.
O imunizante é contra a meningite meningocócica C (conjugada). De acordo com o Estado, a vacina estará disponível até o dia 30 de setembro nas salas de vacinação de todo o estado. Na Serra, o morador precisa procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa, observando o horário e dia de vacinação.
De acordo com a Sesa, a vacinação foi disponibilizada para grupos específicos por conta de alguns fatores. “A proteção aos adolescentes acontece, especialmente, por esse grupo ser o principal responsável pela manutenção da circulação da doença na comunidade. Já nos trabalhadores da saúde, a recomendação se dá considerando a gravidade e a letalidade da doença”, disse a Sesa em nota.
