Conceição Nascimento
Por meio de um ofício de nº 2.438/2018, datado do último dia 06 de setembro, o Ministério Público da Serra informou à Prefeitura de que as Promotorias Cíveis estarão se transferindo na próxima segunda-feira (17) da Serra-Sede para um imóvel no bairro Jardim Limoeiro, no edifício JL Office. A mudança pegou muita gente desprevenida e acarretou em novas críticas de comerciantes que estão aterrorizados com o que chamam de um “desmonte de Serra-Sede”.
Eles dizem que a mudança de sedes públicas pode gerar um esvaziamento na região central do município. No início desse ano o Fórum da Serra transferiu 18 varas para um novo prédio alugado no bairro São Geraldo, mantendo apenas oito varas criminais no centro da Serra.
O documento é assinado pelo Promotor de Justiça Chefe Cível da Serra, Ronaldo Gonçalves de Assis, e esclarece que as Promotorias Criminais continuarão funcionando no atual prédio.
Edson Quintino do Nascimento, presidente da Associação Comercial e Empresarial da Serra-Sede, reclama do desmonte de Serra-Sede, que segundo ele é composta por 28 bairros e 170 mil habitantes.
“Como pode o Tribunal de Justiça abandonar as instalações da Serra e pagar um aluguel de R$ 150 mil em Jardim Limoeiro. O espaço na sede ficou destinado como depósito de papel. E agora vem essa saída do MP. As autoridades não levantam a voz para defender a sede do município. Vamos nos reunir e mobilizar a população para impedir o esvaziamento da Serra sede”, pontuou.
A assessoria do MP-ES foi procurada, via telefone e e-mail, para comentar as razões da mudança, valor e vigência do contrato, mas até o fechamento desta edição não deu retorno.
OAB reclama da insegurança no novo Fórum
Após o atropelamento de um advogado na saída do novo Fórum de São Geraldo, ocorrido na última quarta-feira (12), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Serra, Ítalo Scaramussa, disse que vai formalizar junto à Prefeitura da Serra para que se tomem medidas de segurança no local.
“Desde que o Fórum foi instalado a gente já vem denunciando que não possui equipamentos de segurança suficientes para garantir a segurança dos usuários. Não há uma faixa de pedestres em frente ao Fórum, nem semáforo. Ali é uma via onde os veículos atingem velocidade alta, tem trânsito pesado, em função da portaria da Arcellor. Não foi dimensionado o impacto que o Fórum trouxe para o local, que é industrial, que passou a ter outros tipos de atividades”, disse o advogado.
Scaramussa também reclama da falta de vagas de estacionamento, seja dentro do Fórum ou nas vagas públicas. “O bairro é perigoso, temos relatos de advogados que foram furtados, tiveram veículos danificados”.
A reportagem procurou a assessoria do Tribunal de Justiça para rebater o caso, mas até o fechamento da edição não houve retorno.