Servidores do magistério municipal buscam uma agenda com o prefeito Audifax Barcelos (Rede) para discutir os impactos do pacote de medidas aprovado na Câmara da Serra na última sexta-feira (13) para a categoria. Os projetos aprovados têm autoria do Executivo e promovem diversas mudanças para o funcionalismo.
Entre as mudanças para o magistério, o fim das progressões (biênio, quinquênio e decênio), que trazem um reforço aos salários; folga no aniversário, extensão de carga horária para diretores escolares e liberações sindicais.
“Lutamos arduamente por essas conquistas, que são significativas para a categoria. Isso foi uma tragédia, um golpe dado por esse prefeito, respeitado e valorizado pela categoria. Em plenas férias do magistério, sem dialogar com os trabalhadores retira esses direitos”, disse Jean Carlos de Jesus, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Espírito Santo (Sindiupes).
Jean acrescentou que será protocolado um ofício pedindo reunião com o prefeito “para que dialogue com as categorias e repense esta atitude”, acrescentou.
As propostas aprovadas pelos vereadores da Serra tiveram repercussão nacional. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação divulgou moção de repúdio contra as medidas. Leia na íntegra o documento:
“Os (as) Trabalhadores (as) em Educação do Brasil, reunidos (as) no seu 33o Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadores em Educação – CNTE -, no período de 12 a 15 de Janeiro de 2017, em Brasília – DF, repudiam veementemente a postura antidemocrática e anticategoria do Prefeito Municipal da Serra, Estado do Espírito Santo, Sr. AUDÍFAX BARCELOS (Rede); que, na data de 13 de Janeiro/2017, convocou a Câmara Municipal para votar o Projeto de Lei, em Sessão Extraordinária, onde se alteram dispositivos da Lei Orgânica do Município (LOM).
Com as mudanças estabelecidas na PL No 014/2017, os/as diretores/as do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Espírito Santo (SINDIUPES) ficam impossibilitados/as de trabalhar na mobilização, organização e formação da categoria dos/as trabalhadores/as em educação, no município. Tal ação mais do que alterar dispositivos da referida lei, retira ainda garantias e direitos, tais como quinquênio, decênio e progressão para os/as Trabalhadores/as em Educação que ingressarem na rede municipal a partir de Janeiro de 2017”.
A reportagem solicitou informações sobre as mudanças aprovadas à Secretaria de Comunicação da Prefeitura da Serra e a possibilidade de agenda entre o magistério e o prefeito, mas até o momento não obteve resposta.