A avenida Central de Laranjeiras tem sido palco nos últimos anos de diversas situações que envolvem os vendedores ambulantes e a Prefeitura da Serra. A última delas ocorreu na segunda (16) quando o município fez uma ação para retirar os camelôs das vias do bairro – o que gerou revolta dos trabalhadores informais que fizeram manifestações pacíficas com apitaço na Norte Sul, na BR-101 e também na sede da Prefeitura ao longo da semana.
Jefferson Borges Degasperi é um dos líderes do movimento dos camelôs. Segundo ele, trabalham aproximadamente 100 ambulantes em Laranjeiras. “Participamos de uma reunião com a Secretaria de Segurança e também com o departamento de posturas e o que pedimos foram quarenta vagas para trabalharmos começando da Loja Simonetti até o Banestes, contando com as três transversais, que são a V2, V5 (que compreende as ruas da Naara e Itaú) e Segunda Avenida”, detalha Jefferson pontuando que os ambulantes também se comprometeram a ser uma espécie de fiscal da avenida. “Vamos ajudar a fiscalizar para que novos ambulantes não ocupem o espaço público, além do que for permitido”.
Segundo ele, os dias sem vendas estão prejudicando as famílias dos ambulantes. “Temos que levar o sustento para casa e todos estes dias parados têm deixado muita gente no prejuízo financeiro. Queremos tanto quanto a população que esta situação seja revolvida, por isso, estamos abertos ao diálogo com o poder público para que possamos dar continuidade ao nosso trabalho”, conta.
O TEMPO NOVO procurou a Prefeitura da Serra para falar sobre o assunto que confirmou que os ambulantes solicitaram 40 vagas na Av. Central, em Laranjeiras. Por meio de nota, disse ainda, que vai avaliar a proposta junto aos envolvidos: lojistas, Ministério Público, secretarias, entre outros. Para isso, serão agendadas conversas com todos.