Construída em 1584, a igreja de São João de Carapina, que este ano completou 437 anos de existência está sendo pintada pela Prefeitura da Serra.
A pintura faz parte das ações de garantia à integridade do Sítio Histórico de São João de Carapina e o objetivo é valorizar e preservar a história da Serra.
“Temos um projeto maior de transformar todo o Sítio Histórico de São João de Carapina em um parque e museu a céu aberto”, declarou o vice-prefeito e secretário de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer da Serra, Thiago Carreiro.
De acordo com a Prefeitura da Serra, para não prejudicar o futuro restauro da igreja, está sendo utilizada tinta mineral e a camada de tinta anterior será totalmente mantida, o que possibilita fazer o resgate das cores originais do monumento.
A pintura do monumento histórico tem previsão de conclusão para a primeira quinzena de janeiro de 2022 e o Sítio está aberto à visitação de quarta-feira a domingo, das 10 às 17 horas. O restauro do templo ainda não tem previsão para acontecer.
Vale lembrar que para visitar o local é necessário seguir todas as restrições sanitárias para evitar a propagação da Covid-19, sendo obrigatório o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social.
A igreja de São João de Carapina foi tombada como Patrimônio Histórico Estadual em 1984 e guarda uma rica história com passagens do Padre José de Anchieta pelo local.
O local é um dos patrimônios arquitetônicos mais antigos do Brasil. Construída no século XVI, o templo pode ser visto por quem passa pela rodovia do Contorno de Vitória, na altura do TIMS.
A herança foi deixada por padre Braz Lourenço, responsável pela construção. Além da capela São João de Carapina, o Sítio Histórico de São João de Carapina, que possui 42 mil metros quadrados, integra também as ruínas de um casarão da época e uma área de mata Atlântica.
Nos arredores do local está enterrado um dos fundadores da Serra, o cacique Temiminó Macarajaguaçu. Além disso, foi nesta capela que aconteceu o primeiro milagre do único santo que viveu em terras capixabas, o padre José de Anchieta.
O livro História da Serra, do historiador Clério Borges conta que Anchieta auxiliava Braz Lourenço em seu trabalho de catequese em 1569, quando esteve em Carapina. Foi nesse ano que o Beato realizou o chamado de ‘Milagre do Pato’, quando fez o menino Estevão Machado, que era mudo, falar. O caso foi incluído no processo de beatificação de Anchieta.