A idéia de filiar o vereador Fábio Duarte no Rede e fazê-lo candidato à sua sucessão, foi uma boa idéia do prefeito Audifax Barcelos. Ele usou de uma estratégia diferente da comumente usada, que é preparar o seu candidato ao longo do tempo, durante o exercício do mandato.
Audifax tomou essa decisão no final do prazo de filiação partidária, depois de perceber que o projeto Amaro Neto não ecoou bem na cidade, trazendo muito mais prejuízo do que benefício.
O prazo que Audifax tem para torná-lo competitivo é curto, mas não impossivel para embaralhar esse jogo.
Fábio foi o último a chegar na extensa fila de interessados em sentar na cadeira de prefeito, mas até onde ele pode chegar é uma incógnita; vai depender de uma série de fatores: uma é a sua força própria, ou seja, a sua capacidade de fazer e acontecer. Quanto mais empolgado, quanto mais dedicado, quanto mais disciplinado, quanto mais perspicaz, quanto mais corajoso, melhor ele será absorvido pelo eleitor.
O seu desempenho nas urnas vai depender também do quanto o prefeito Audifax irá abraça-lo, da mensagem que levará para as ruas, do engajamento da militância e do modelo de campanha a ser desenvolvido.
Fábio Duarte é novo, tem uma postura boa, goza de condição moral, tem uma aparência convincente, vem de uma família tradicional da cidade e com grande inserção política e tem se portado bem no mandato de vereador.
Tem no prefeito Audifax o seu grande cabo eleitoral, tem a dedicação da reconhecida Jane Mary na elaboração e condução da campanha e tem no expert em política serrana e experiente tio, Edilson Duarte, o auxílio e a orientação necessária para crescer nas intenções de voto.
Fábio já decidiu que não será mais candidato a vereador, só resta então ser candidato a prefeito. Obrigação de ganhar Fábio não tem, mas faz questão de frisar que não estará brincando de ser candidato.
Ele vai encarar um Vidigal (PDT) que já não é mais o ‘bicho papão’ que foi no passado; enfrentar Bruno Lamas (PSB) e Vandinho Leite (PSDB) que também disputaram o cargo pela primeira vez. E os recém chegados na política, que são o médico Gustavo Peixoto (PROS), delegada Gracimeri (PSC) e o delegado federal Márcio Greik (MDB) e Luciana Malini (PP).
A tarefa de disputar de igual para igual com os demais candidatos não é bicho de sete cabeças; ninguém tem o ‘padrinho’ que ele tem. Precisa se soltar mais, ainda não assimilou completamente a tarefa.