Obra vai interromper lançamento irregular de esgoto e iniciar despoluição dos córregos Laripe e Irema, na Serra

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A obra nos córregos Laripe e Irema deve beneficiar diretamente cerca de 1.400 moradores dos bairros Castelândia, Curva da Baleia, Feu Rosa, Boulevard Lagoa, Manguinhos, Ourimar, Portal de Jacaraípe e Vila Nova de Colares. Crédito: Divulgação

Uma obra de saneamento aguardada há anos pela população da Serra começa a transformar a realidade ambiental das regiões cortadas pelos córregos Laripe e Irema. A implantação do coletor a tempo seco, executada pela Ambiental Serra, parceira público privada da Cesan, tem como principal objetivo interromper o lançamento irregular de esgoto, prática que por décadas comprometeu a qualidade da água e motivou reclamações recorrentes da comunidade.

O investimento total é de R$ 8,45 milhões, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026. Durante a execução, a obra já gerou cerca de 40 postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos.

A intervenção prevê a interceptação e o encaminhamento dos efluentes sanitários para tratamento adequado, eliminando despejos in natura nos córregos e também nas redes de drenagem pluvial. A expectativa é que a obra represente um marco no processo de despoluição desses corpos hídricos, historicamente impactados por ligações irregulares de esgoto.

De acordo com apuração do TN, atualmente, a região conta com 97% de cobertura de rede de esgotamento sanitário, mas a obra é considerada essencial para resolver pontos críticos onde, apesar da existência da rede, o esgoto continuava sendo lançado de forma irregular nos cursos d’água. Após a conclusão das intervenções e a conexão das residências, será possível avaliar a evolução desse índice.

A obra deve beneficiar diretamente cerca de 1.400 moradores dos bairros Castelândia, Curva da Baleia, Feu Rosa, Boulevard Lagoa, Manguinhos, Ourimar, Portal de Jacaraípe e Vila Nova de Colares — regiões que convivem há anos com mau cheiro, degradação ambiental e riscos à saúde pública.

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Intervenções em andamento

No Córrego Laripe, estão previstas a implantação de 1.590 metros de rede coletora de esgoto, a execução de 176 ligações domiciliares, 23 intervenções em pontos de coleta em tempo seco e a implantação de uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE).

Já no Córrego Irema, o projeto contempla a implantação de 1.070 metros de rede coletora, 156 ligações domiciliares e 20 intervenções em pontos de coleta em tempo seco.

A tecnologia do coletor a tempo seco permitirá captar o esgoto que antes era lançado diretamente nos córregos, inclusive fora dos períodos de chuva, garantindo maior eficiência no controle da poluição.

Recuperação ambiental e saúde pública

O projeto atende às exigências legais e ambientais e está alinhado às diretrizes de saneamento básico e controle da poluição hídrica. A expectativa é de recuperação gradual da qualidade da água dos córregos, com impactos positivos para a saúde pública, o meio ambiente e o bem-estar da população.

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Ana Paula Bonelli

Ana Paula Bonelli é repórter e chefe de redação do Jornal Tempo Novo, com 25 anos de atuação na equipe. Ao longo de sua trajetória, já contribuiu com diversas editorias do portal e hoje se destaca também à frente da coluna Divirta-se.

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