“Não temos como saber se um motorista vai passar mal”

A afirmação é do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Carlos Roberto "Maguila", diante de dois recentes acidentes envolvendo motoristas do sistema Transcol
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Passageiros enfrentam vários riscos durante as viagens do Transcol. Foto: Arquivo TN
Passageiros enfrentam vários riscos durante as viagens do Transcol. Foto: Arquivo TN

Por Gabriel Almeida

Além de assaltos, superlotações e outros problemas, os passageiros do Transcol estão tendo que se preocupar até com os motoristas. Na última quarta-feira (19) dois acidentes chamaram a atenção. Um aconteceu pelo fim da manhã em Cariacica, quando um ônibus da linha 591 (Serra/T.Campo Grande), perdeu o controle do veículo, atingiu um poste e invadiu a calçada da Estação Ferroviária Pedro Nolasco.  Duas pessoas que foram atingidas ficaram feridas e uma mulher morreu na hora.

O outro acidente aconteceu no bairro Cidade Continental, onde um motorista da linha 847 (Cidade Continental/Terminal de Carapina), que estava embriagado, atropelou uma pessoa e passou por cima de duas motos e uma bicicleta.

O presidente do Sindirodoviários, Carlos Roberto “Maguila”, disse que trabalhar como motorista ou trocador é bastante estressante. “Todos sabem que acordar às 03h da madrugada e trabalhar com pessoas diariamente é bastante cansativo, mas se o motorista não estiver se sentindo bem, a empresa o libera. Mas não temos como saber se um motorista vai passar mal, como aconteceu com o de Cariacica”, afirma.

O GVBus  afirma, através de sua assessoria de imprensa, que os motoristas fazem mensalmente alongamento e fortalecimento muscular para boa postura, orientação ergonômica e postural nas atividades de trabalho e vida diária, massagem terapêutica e relaxante, aferição de glicose e pressão arterial, orientação em saúde bucal, avaliação odontológica, encaminhamentos, entre outros. Mas não detalhou como faz para vigiar o consumo de álcool. Disse ainda que dos 70,8 % dos acidentes com Transcol são provocados por terceiros e que é registrado um acidente a cada 35.029 viagens.

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Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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