Durante coletiva na noite desta segunda-feira (23) o governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que o presidente Bolsonaro finalmente começou a tomar medidas de apoio de enfrentamento a Covid-19. Disse também que a postura do presidente não vem sendo bem avaliada pela sociedade brasileira.
Nas palavras de Casagrande, Bolsonaro, “convencido por ele mesmo ou sendo convencido pela realidade a partir dos últimos dias, passou a tomar algumas medidas”.
No entanto o governador chamou a atenção para a insistência do presidente em dar declarações contraditórias. “Enquanto ele tem um ministro que diz que o Brasil entrará em colapso e que temos que nos preparar para o pior, ele (Bolsonaro) dá declarações dizendo que essa crise não tem todo esse tamanho e que não é preciso ter preocupação com ela”, falou o mandatário capixaba.
Casagrande afirmou ainda que a condução do presidente esta sendo avaliada de forma negativa pela sociedade brasileira. “Não é pelos governadores, é pela sociedade brasileira. Ele está menosprezando uma situação que tem sido muito grave em diversos outros países do mundo, tomara que não seja tão grave aqui. Mas numa realidade dessa que envolve vidas é melhor pecar pelo excesso do que menosprezar e depois sofrer muito. Quanto mais tomarmos medidas agora, menor será o impacto. Há uma necessidade de medidas, não sou eu quem digo, são os cientistas do mundo e do Brasil, são os pesquisadores e gestores de saúde de pública do estado, a contenção social e imobilização social é o caminho para reduzir a curva de crescimento da contaminação e com isso o sistema de saúde conseguir dar conta”, pontua.
Casagrande lembrou também que muitas pessoas morrem por falta de assistência. “Quando tem assistência as pessoas tem mais condição de sobrevivência. Principalmente as pessoas de idade. Esse é o debate que se faz e deve ser feito com responsabilidade, o presidente da República não pode fazer só enfrentamento com governadores porque isso não constrói. Minha torcida, meu desejo é que estejamos todos juntos para reduzir estes impactos e o presidente da república precisa liberar esse movimento”, conclui.